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  • Sônia Apolinário

Série no Youtube apresenta sambas e curiosidades dos blocos de rua do Rio de Janeiro

Curiosidades dos sambas e compositores que fizeram sucesso no carnaval de rua do Rio de Janeiro, dos anos 90 aos dias atuais, é o que vai mostrar a série “Do Leme à Praça Mauá — Histórias e Músicas do Carnaval Carioca”. Trata-se de um projeto conjunto dos blocos cariocas “Escravos da Mauá” e “Meu Bem Volto Já” que estreia sexta-feira, dia 12, no Youtube – data que marcaria o início do Carnaval 2021.


Com roteiro e direção do ator e dramaturgo Pedro Monteiro, a série terá 12 programas de sete a dez minutos de duração, cada. Serão exibidos diariamente, às 17h, até o dia 22 de fevereiro.


A ideia é homenagear os blocos que desfilam com sambas autorais e seus compositores, que têm um olhar crítico sobre o cotidiano do Rio de Janeiro e do Brasil. Em cada episódio, integrantes e músicos das diferentes agremiações cantam e relembram “causos” da folia carioca. A jornalista Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação organizadora dos blocos de rua do Rio, vai comentar cada um dos episódios.


Alguns sambas emblemáticos de cada agremiação foram regravados pelos músicos Tiago Prata e Daniel Scisinio e pelos intérpretes Anderson Feife, Dorina e Nina Rosa.


“Nosso objetivo é traçar um panorama de como o Carnaval de rua do Rio de Janeiro se estruturou, vem mudando e se adaptando ao longo das décadas”, explica o diretor Pedro Monteiro.

Desfilam na série os seguintes blocos: Meu Bem Volto Já; Carmelitas; Prata Preta; Nem muda nem sai de cima; Bloco de Segunda; Imprensa que eu Gamo; Que merda é Essa?; Barbas; Escravos da Mauá; Simpatia é Quase Amor; Loucura Suburbana e Discípulos do Osvaldo.


Entre os compositores, estão nomes como João Pimentel, Eduardo Gallotti, Mario Moura, Marceu Vieira, Marizozinho Lago, Roberto Medronho, Tiago Prata, Luis Fernando, Macarrão, Flavio Feitosa, Rafael Dummar, Ricardo Costa, Miguel Diniz, Carlinhos Fidelis, Djalma Jr., Guilherme Sá, Jorgito Sapia, Marcelo Carvalho, Ricardo Mello, Tedinho, Roni Valk e Zé da Lata.


“Acho interessante um projeto que se proponha lembrar trabalho de compositores, em sua maioria amadores, que fazem sucesso no Carnaval de rua, mas que têm outras atividades durante o ano. No Carnaval, produzem crônicas bem-humoradas, críticas ácidas, e releituras irreverentes da história recente no Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo”, observa Jorge Sapia, presidente do Meu Bem Volto Já.


O bloco carnavalesco foi criado em 1994 por um grupo de moradores do Leme, no Rio de Janeiro, como parte das comemorações do centenário do bairro da Zona Sul. Foi um dos pioneiros da denominada retomada do Carnaval de rua no Rio de Janeiro, e seus desfiles são concorridos e contam, basicamente, com moradores do bairro e suas famílias. Desde 2010, desfila com uma divertida ala de baianas iluminadas.


“Queremos suprir um pouco a falta de Carnaval este ano e criar um registro das memórias de desfiles passados e dessa festa maravilhosa que os blocos de rua construíram”, completa Teresa Guilhon Barros, diretora do Escravos da Mauá.

O bloco foi criado no Carnaval de 1993, por um grupo de amigos, quase todos funcionários do INT - Instituto Nacional de Tecnologia, que tem sede na Avenida Venezuela, nos arredores da Praça Mauá. Próximo dali, na Rua Camerino, ficavam os mercados de escravos nos séculos 18 e 19. Assim, os sambas do bloco lembram os personagens e a história dos bairros portuários, e seus desfiles são carregados de tradição e reverência aos ancestrais e à arte pública. A agremiação tem parceria com a Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades, formada por artistas de rua que também desenvolvem um trabalho de inclusão social por via da capacitação dos moradores da região portuária para desfilar nos Escravos da Mauá: são os simpáticos e alegres pernaltas ou “pernas de pau”.


Clique nas fotos dos blocos Meu Bem Volto Já e Escravos da Mauá para ouvir playlists criadas para o #carnavalemcasa


Veja o trailer da série


O projeto tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Secretaria Especial de Cultura e do Ministério do Turismo por meio da Lei Aldir Blanc.


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