Reestruturação e aumento de produção são os planos das cervejarias Masterpiece e Máfia para 2026
- Sônia Apolinário
- há 1 minuto
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As cervejarias Masterpiece e Máfia vão passar por uma reestruturação total – de logística à financeira, incluindo a parte comercial e de pessoal. Em paralelo, será feito um trabalho para, a curto prazo, triplicar a atual produção. Essas são as metas para 2026 traçadas pelos novos gestores das empresas.
Três meses após a morte de André Valle, CEO das cervejarias, seus filhos - a advogada Monica, de 29 anos, e Flávio, 26 anos, vereador do Rio de Janeiro - tomaram as rédeas do negócio.
- Inicialmente, pensamos em nos desfazer das empresas. Estávamos muito abalados. Mas avaliamos e chegamos à conclusão que é um negócio viável. Vamos conseguir alavancar as cervejarias da forma como meu pai gostaria – afirmou Flávio Valle, em entrevista exclusiva para Lupulinário.
Ele assumiu a parte comercial dos negócios; sua irmã passou a atuar nas áreas jurídica, tributária e de Recursos Humanos. Uma queda de paraquedas no ramo, sim, mas com direito a amortecimento.
Flávio contou que ambos chegaram a trabalhar na Masterpiece, criada por André, logo no início da operação, em 2020, em plena pandemia do Coronavírus.
Também costumavam trocar ideias com o pai sobre os negócios. E nem sempre concordavam com tudo.
- Não estamos pegando tudo do zero. Temos uma experiência, ainda que pequena, nesse mercado – afirmou Flávio.
Tomada a decisão de que as cervejarias seguiriam na família, foi a hora dos irmãos fazerem o “dever de casa”. A primeira decisão: não haveria fusão das marcas – a Máfia foi adquirida um ano após a inauguração da Masterpiece. Cada uma seguirá com sua estratégia.
Nesses últimos meses, a produção deu uma desacelerada; a empresa ficou sem mestre cervejeiro (um técnico está, no momento, à frente das fábricas) e equipamentos foram tanto vendidos e quanto comprados.
Segundo Flávio, a produção atual é de, no máximo, 35 mil litros por mês, mas a capacidade é de 300 mil por mês. E a meta é alcançar esse volume até outubro de 2026.
Ele e Monica encontraram pronto o projeto de expansão, via franquias, elaborado por André, que seria lançado em setembro passado. Porém, ele morreu dez dias antes de apresentar seus planos para o mercado na Expo Franchising.
E por enquanto, isso ainda vai continuar na gaveta, pelo menos até o final do ano que vem. O foco, no momento, está na reestruturação do próprio modelo de negócio das cervejarias com a busca por novos mercados fora de Niterói e Rio, como cidades da região serrana e do litoral do estado. Criar parceria com fábricas na região serrana do Rio está em estudos para uma ainda maior expansão de capacidade de produção.
Os novos gestores já decidiram, também, que irão abrir as empresas para investidores para aumentar a captação financeira. Faz parte da meta que as cervejarias passem de micro para médio porte.
Outra decisão é que haverá uma redução na quantidade de estilos produzidos, principalmente, na Masterpiece. Vão ficar os mais vendidos. Ainda assim, segundo Flávio, as cervejarias seguirão participando de concursos em busca de medalhas, como André tanto gostava.
- As medalhas são uma validação que nosso produto é de qualidade. Vamos busca-las e também participar dos principais eventos cervejeiros – afirmou.
Também já foi definido que o bar da Máfia passará por uma reforma para celebrar, em grande estilo, os dez anos da marca, no primeiro semestre de 2026. Em relação ao bar da Masterpiece, fechado por André, os novos gestores não chegaram a uma decisão.
- Ainda é difícil digerir a morte do nosso pai. Tudo isso ainda é muito desafiador do ponto de vista pessoal para nós. Porém, posso dizer que 2026 vai ser um ano interessante para Masterpiece e Màfia. O próximo ano será promissor. Teremos muitos anúncios para fazer – afirmou Flávio.

























