Cerveja de qualidade a preço acessível é a meta da niteroiense Máfia que completa 9 anos
- Sônia Apolinário
- 1 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 1 dia

Uma empresa sólida que oferece produto de qualidade a preço acessível. Assim André Valle define o momento da cervejaria Máfia, que no próximo domingo (6) vai celebrar seus 9 anos de mercado.
A Máfia foi a segunda cervejaria instalada em Niterói. Foi batizada, originalmente, como Serra Verde Imperial porque a fábrica quase foi construída na cidade serrana de Nova Friburgo (RJ). Quando os planos mudaram e a cervejaria se instalou em Niterói, seguiu no mercado com o nome Máfia, adotado quando ainda era uma marca cigana.
Em 2021, passou a fazer parte do portfólio da também niteroiense Masterpiece. André Valle é o CEO das duas cervejarias distantes cerca de 5 Km uma da outra.
- A Máfia passou por várias fases. Quando assumimos, a gente tentou corrigir questões de planejamento. Finalizamos o ciclo de investimentos na cervejaria no ano passado. Agora, a Máfia é uma fábrica de altíssimo volume – afirma André.
Segundo ele, a capacidade de produção da marca é de 500 mil litros por mês, mas não está operando com a carga máxima. Máfia e Masterpiece (que tem capacidade de produção de 60 mil litros por mês) têm um parque industrial unificado. Significa que haverá produção em uma ou em outra em função do volume que se queira atingir de uma determinada cerveja.
André admite que, nesse momento, a estratégia da marca é focar nos estilos que vendem mais e retomar, aos poucos, os estilos “mais especiais”.
As latas, tão caras (literalmente) ao CEO também foram estrategicamente deixadas um pouco de lado. A Máfia tem se voltado mais para a venda de chope. Reduzir custos de produção é a meta. Somando ao aumento do volume produzido, a equação tem como objetivo fazer a cerveja chegar a um preço acessível para o consumidor.
Só a lata (sem o rótulo), segundo André, custa R$ 2.
- Atualmente, 95% das nossas vendas são em chope. Lata será somente para cervejas muito especiais. Para ter preço é preciso ter escala. As pessoas até se acostumaram a beber bem, mas estão sem dinheiro e não querem pagar R$ 30 por uma lata de cerveja – diz.
Nesse “momento chope”, faz parte do planejamento a participação no maior número de eventos possível. Porém, André ainda não decidiu se Máfia e Masterpiece estarão do próximo Mondial de la Bière (11 a 14 de setembro, no Pier Mauá, no Rio).
O CEO tem apreço pelo festival. Segundo ele, o Mondial foi até agora importante para o marketing das suas marcas. Porém, “nunca deu resultado financeiro”:
- A gente sempre bateu na trave. Para participar do festival, o custo e o esforço são muito altos. Acredito que a nova equipe tem condições de fazer um belo evento, mas ainda estou analisando se é um projeto para esse momento.
Ele observa que, atualmente, o mercado da cerveja artesanal, no Rio, “é terra arrasada”, uma vez que várias cervejarias deixaram de existir. Segundo André, o quadro é sequela da pandemia do Coronavírus “que feriu de morte muitas empresas”.
É possível pensar em um futuro somente ou com Máfia ou com Masterpiece? Definitivamente, não, segundo o CEO:
- A Máfia é uma marca tradicional em Niterói. Afinal, antiguidade é posto. Porém, fora de Niterói, ninguém conhece. Ao contrário da Masterpiece, bem conhecida no Rio e em outros estados. São duas marcas que competem entre si, mas que atingem públicos diferentes. É como a Brahma e a Antarctica mantidas pela Ambev. Sendo assim, não há chance de cancelar uma das marcas.
Serviço
Festa 9 anos da Máfia
No dia 6 de julho, o bar da Máfia (Estrada Francisco da Cruz Nunes, 9777, em Itaipu) estará fechado para a festa, que começa às 13h. O ingresso, que deve ser comprado antecipadamente (WhatsApp: 21.984120840), dará direito a open bar de chope e petiscos, além de show ao vivo.
Comments