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  • Sônia Apolinário

Vai ter sidra artesanal no Mondial la Bière

Considerado o maior festival dedicado à cerveja, no Brasil, a próxima edição do Mondial de Là Bierre, que acontece de 7 a 11 de dezembro, na Marina da Glória (RJ) será uma oportunidade para se conhecer outro tipo de bebida: a sidra.



Esse fermentado de sumo de maçã, tão comum e apreciado em vários países, é um ilustre desconhecido do brasileiro. Pior. O que, por aqui, é tido como sidra, não chega nem perto do que seja, de fato, a bebida.


Será, porém, pelas mãos de uma cervejaria que a sidra chegará ao Mondial. A produção da bebida é obra do casal André Junqueira e Fernanda Lazzari, da Morada Cia Etílica. No evento, eles vestirão a camisa da Épo, a linha de sidras da Morada – um projeto iniciado em 2016. A marca também tem no portfólio uma linha de espumantes.


As sidras virão de Curitiba (PR) para o Rio de Janeiro apenas em barris e serão servidas como um chope. Serão quatro tipos: Berries (com frutas vermelhas), Ambu (com Carvalho e Amburana, foto), Sour Green (com maçã verde) e Pomelo (com pomelo e pêssego). Todas têm 6,2% de teor alcoólico.


- A sidra é uma bebida refrescante, frutada, que apresenta um final com certo dulçor, para ser bebida bem gelada. É mais leve e digestiva que uma cerveja. No Brasil, é uma bebida que carrega uma herança maldita porque o que é vendido aqui, como sidra, definitivamente, não é sidra. Isso criou um grande preconceito contra a bebida – comentou André Junqueira em entrevista para a Coluna Lupulinário.


A base das bebidas é um mosto feito com blend de maçãs Fuji e Gala, as variedades mais comuns na mesa dos brasileiros, responsáveis por aproximadamente, 95% de toda produção nacional da fruta. Para criar as diferentes Sidras, o mosto foi “temperado” de diferentes formas.


Como se trata de uma espécie de vinho de maçã, a bebida foi feita em uma vinícola e não em uma cervejaria. Essa nova safra de rótulos da Épo foi produzida na Empresa Brasileira de Vinificações, em Caxias do Sul (RJ). Essa vinícola funciona para os produtores de vinho como as fábricas de cerveja para algumas marcas cervejeiras chamadas de ciganas. Ou seja, ajuda pequenos produtores, que não têm estrutura própria, a criar o seu vinho.


As experiências da Morada com sidras começaram em 2016 e duraram até 2018. Junqueira explicou que teve muitos problemas com fornecedores, não só da fruta, mas de toda a cadeia produtiva que envolve a produção da bebida. Assim, achou melhor “dar um tempo” . Quando pensou em retomar, veio a pandemia do Coronavírus, então, melhor não.


Agora, ele aproveitou o período de safra e arriscou. A possibilidade de apresentar a bebida no Mondial também o encorajou. Segundo Junqueira, uma sidra precisa de dois meses de fermentação e maturação para ficar pronta. Para o festival, ele vai levar um total de 1,5 mil litros da bebida, praticamente toda a sua produção.


- Vamos usar o Mondial como uma espécie de estudo de caso. É a retomada ainda de forma experimental do nosso projeto de produzir sidras. Nós acreditamos muito no potencial dessa bebida, no país. – afirmou Junqueira.


Para ajudar o público do Mondial a conhecer melhor a bebida, será possível pedir a régua de degustação: cada uma delas servida em copos de 100 ml (R$ 14). Individualmente, serão servidas em copos de 100 ml ou 200 ml (R$ 8 e R$ 14, respectivamente).


Para mostrar que sidras são versáteis, cada uma das quatro servirão de base para diferentes coquetéis, que serão servidos em copo de 300 ml com muito gelo (R$ 28). São eles: Sidría (ÉPO Berries, frutas infusionadas em Vermute Bianco), Sidroni (ÉPO Ambu, Campari, Gin e Vermute Rosso), ÉPO Pie (ÉPO Sour Green, infusão de especiarias e Whisky) e Paloma (ÉPO Pomelo, Tequila).


- Queremos desmistificar a sidra. Mostrar que pode ser uma bebida agradável, interessante, além de despretensiosa. Sabemos que o produto é bom. Nosso grande teste, mais uma vez, será com os elos da cadeia produtiva – disse Junqueira.



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