Os passeios pela História de Niterói que acabam em cerveja
- Sônia Apolinário

- 15 de ago.
- 4 min de leitura

Em Niterói, quatro passeios para serem feitos a pé, que exploram a História da cidade, terminam regados à cerveja. A bebida, porém, não entra nessa história apenas para servir de confraternização para o grupo de “exploradores”.
Os locais visitados, nesses roteiros, contribuem para o público conhecer a evolução da produção cervejeira de Niterói – história contada pelos próprios produtores.
Três dos quatro roteiros terminam na Malteca, em Jurujuba. O quarto explora a Vila Cervejeira, no Centro, que reúne as marcas Dead Dog, Fractal e Matisse.
Neste fim de semana será possível fazer dois deles: Forte do Pico com Malteca, no sábado (16) e morro da Penha com Vila Cervejeira, no domingo (17).
Jurujuba
Tradicional bairro de pescadores de Niterói, Jurujuba tem várias atrações e, por conta disso, foi “dividida” em três roteiros: Forte do Pico, morro do Morcego e tour pelo bairro.
- A melhor forma de se conhecer a História de uma cidade é visitando os locais onde a História aconteceu – afirma o guia Alex Figueiredo, da Vertente Ecoturismo, agência que promove esse tipo de passeio, o Walk Tour.
Segundo ele, todos os seus roteiros têm grau de dificuldade fácil-mediano. Ninguém vai precisar fazer escalada ou pular pedras, por exemplo. Porém, algum preparo físico cai bem.
Principalmente, na visita ao Forte do Pico. O passeio prevê cerca de uma hora de subida (e claro, outra para descida). O ponto de partida é na entrada do Forte do Barão do Rio Branco, por onde se acessa a trilha pela qual se chega ao Forte do Pico.
Ao longo da caminhada, Alex conta a História não apenas da origem de Niterói, mas muito também da origem do Rio de Janeiro. E não, não começa com a chegada dos portugueses na Baía de Guanabara, mas com os povos originários que aqui se encontravam.
Conforme a subida avança, a vista de Niterói e da Baía de Guanabara ganha novos e deslumbrantes ângulos. O tour dura cerca de três horas e meia até chegar na Malteca.
Já o passeio pelo morro do Morcego, não vai até o topo, que fica a 138 m de altura.
- Para chegar no topo do morro do Morcego, que já foi uma pedreira, vira uma escalaminhada. Nós exploramos a parte baixa, subindo cerca de 70 m – informa Alex.
O tour pelo bairro de Jurujuba, onde já funcionou um cassino, é o mais plano de todos. Tem como ponto de partida a Igreja de São Pedro, padroeiro dos pescadores,
Nos três casos, a parada final é na cervejaria, que já foi uma fábrica de sardinha. Faz parte do passeio um tour pela agora “fábrica de cerveja” quando os responsáveis pela Malteca explicam sobre a produção da bebida. Depois, todos os caminhos levam para o bar da fábrica.
- As pessoas não conheciam direito a história de Jurujuba, que é muito rica. Como também não conhecem sobre cerveja artesanal. O tour é uma forma de suprir isso e até aproximar mais o niteroiense da sua cidade e das marcas de cerveja de Niterói - afirmou Diego Verticchio, um dos sócios da Malteca.
Centro

O roteiro elaborado por Alex para explorar o Centro de Niterói tem como ponto de partida o cais de Portugal Pequeno, como é conhecido o trecho final do bairro da Ponta d’Areia.
E mais uma vez, é uma pequena subida que aguarda o “explorador”, mas, nesse caso, entremeada com duas levas de escadaria. Tudo isso para chegar no topo do moro da Penha, a 128 m de altura.
Esse passeio é feito estrategicamente à tarde. O objetivo é se deparar com o pôr do sol no alto do morro. Quem acha que o tour acaba quando se volta para o cais de Portugal Pequeno está enganado.
Nesse momento, é hora de começar a caminhada de cerca de 3 Km até a Vila Cervejeira. A primeira parada é na rodoviária de Niterói para apreciar um mural do paisagista Burle Marx.
Depois, a História leva para a frente do prédio do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA) – ou Caserna General Castrioto, que remonta da época em que a cidade era a capital do Rio de Janeiro.
O local foi a sede da Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro, na época em que Niterói era a capital fluminense. A força se encarregou da segurança do interior do estado e da baixada.
A última parada é a Vila Cervejeira onde os responsáveis pelas marcas Dead Dog (que completa 11 anos em novembro), Matisse e Fractal se encarregarão de contar suas respectivas histórias e servir suas cervejas, é claro.
Uma curiosidade fica por conta do próprio local, também a sede da Associação dos Proprietários de Bancas de Jornais e Revistas de Niterói (APROBAN).
- Esse tour é uma boa integração de atividades. E a Vila Cervejeira não deixa de ser também uma atração turística da cidade. E essa é uma iniciativa independente, como as nossas cervejas - afirmou Sandro Gomes, cervejeiro da Dead Dog.
Contato para participar dos roteiros do Walk Tour: 21.980872675
































Alex por bicho!!