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  • Sônia Apolinário

Movimento #bebalocalMESMO produzirá colaborativa em homenagem às pessoas 60+

Originário de São Paulo, o movimento #bebalocalMESMO cresceu e vai se materializar em uma lata de cerveja. Dentro, uma New England IPA colaborativa. A produção da bebida conta com a participação de 35 cervejarias. O montante gerado com a venda da bebida será revertido para a compra de material de higiene e limpeza a serem doados a asilos públicos de São Paulo. No rótulo, a colab vai homenagear pessoas na faixa etária dos 60 anos para mais.

Lançado em março, o #bebalocalMESMO é uma iniciativa do bar Soul Hops Cervejas Artesanais. Quem participa vende sua cerveja com preço até 35% abaixo do valor original de mercado e destina R$ 5,00 de cada venda para compra dos itens a serem doados para as instituições de longa permanência de idosos (ILPIs). Começou com a participação de três cervejarias, pulou para 30 e, agora, já são 52.

Todo o processo de produção da New England IPA está sendo colaborativo. Sócia do bar, Flávia Moraes conta que, primeiro, a ideia “circulou” entre as marcas que fazem parte do #bebalocalMESMO. Depois, o público que aderiu ao movimento foi consultado.

“Perguntamos se teriam interesse em comprar uma cerveja que fizesse parte do projeto. Como houve uma grande adesão, fomos em frente e consultamos o estilo e todas as características que gostariam que essa cerveja tivesse. No momento, estamos deliberando sobre a lupulagem e o nome do rótulo. Já sabemos que será uma New England IPA bastante frutada, encorpada e com doses generosas de lúpulo”, conta Flávia.

Em alguns dias, a cerveja entrará em pré-venda. O valor ainda está sendo definido, mas ficará entre R$ 31,00 e R$ 36,00 para uma lata de 473 ml. O retorno vai definir a quantidade a ser produzida. A partir daí, será escolhida uma fábrica para a brassagem dentre três opções: Sinergy, Startup ou Santo Chico. O Soul Hops vai comprar os insumos.

Até o momento, o #bebalocalMESMO arrecadou R$ 6,5 mil. Essa verba permitiu beneficiar cinco ILPIs (em uma meta de 15): Canindé, Vila Mariana, Pinheiros, Santana e Casa Verde. Cada instituição abriga 30 idosos e conta com 30 funcionários.

Flávia explica que, além de contribuir com doações para asilos, a cerveja colaborativa vai homenagear pessoas com mais de 60 anos.

“As primeiras informações sobre o Covid19 falavam que o grupo de risco era formado pelos idosos. Então, decidimos ajudar quem mais estaria precisando. Conforme fazíamos a campanha, percebemos que as doações para lares de idosos são menos comuns do que para crianças e adolescentes. Esse fato nos fez refletir sobre o porquê disso acontecer. Será que sofremos todos do mesmo mal, que é o medo de envelhecer?”,observa Flávia. "Lembramos de pessoas que conhecemos com mais de 60 anos que são muito ativas e, por isso, resolvemos homenageá-las".

Quando a quarentena de combate ao Covid-19 foi decretada, ela e o sócio Bruno Ferraz tinham inaugurado, dois meses antes, no Itaim Bibi, o terceiro Soul Hops, sendo o segundo na cidade de São Paulo (o outro funciona, há cerca de um ano, em Santo Amaro). O primeiro foi aberto há um ano e meio em Juquehy, no litoral paulista.

Ela admite que, no primeiro momento, após ter que fechar as portas para o público, se sentiu “assustada”. Depois, partiu para a ação: contactou as três cervejarias com as quais tinha relacionamento mais próximo para pensarem juntos o que poderia ser feito. A primeira ideia foi unir forças e fazer vendas mais em conta para o público. Daí a ter uma ação social como foco, foi só mais um pouco de conversa.

Abrir um bar na praia foi a forma que Flávia encontrou para ocupar um imóvel da mãe, no local. Até então, seu trabalho se concentrava na sua agência de marketing enquanto o sócio (e namorado) atuava no setor bancário - já devidamente deixado de lado para se dedicar integralmente ao Soul Hops.

“Quando começamos o bar não sabíamos no que iria dar. Porém, desde o início decidmos trabalhar não somente com cervejas artesanais, mas com produtos artesanais em geral. É nisso que acreditamos. Nos apaixonamos pela boa energia que rola em um bar, um lugar em que a pessoa já chega com o intuíto de ter bons momentos. Como comércio de praia vive de temporada, quando diminiu lá, decidimos abrir um na cidade de São Paulo também e estamos seguindo”, conta Flávia.

Sobre a colaborativa, ela conta que nem todas as cervejarias que estão no movimento #bebalocalMESMO puderam (ou quiseram) participar do projeto. As que aderiram foram: Abutres; Bicudo; Bold; Central; Croma; Dead Rabbits, Devaneio do Velhaco; Dogma; DOM; Infected; Hator; Hipnose; Juan Caloto; La Caminera; Mafiosa; Mindubier; Mosteiro; Overall; Rayo; Santo Chico; Satélite; Spartacus; Sunny Brew; Startup; Synergy; Tarin; Tesla; Three Hills; Three Monkeys; Trilha; Undertap; UX; Van Been; Zapata; What’s on tap?.

Flávia explica que, além da ação social, o #bebalocalMESMO, contribui para que as marcas artesanais permaneçam próximas dos consumidores, durante a quarentena:

“Nunca foi tão fácil beber bem e fazer o bem: é só pedir e beber uma cerveja no sofá de sua casa, enquanto um idoso é atendido com nossa ação”, afirma ela.

Para participar do movimento, basta fazer o pedido direto com o Soul Hops por meio do Whatsapp: (11) 93396-1518 ou site soulhops.onpedido.com.br/app. Por enquanto, as regiões atendidas são a capital paulista (com entrega no mesmo dia do pedido) e a região metropolitana de São Paulo (com prazo de dois dias para entrega).

Além das marcas que vão participar da colab, fazem parte do #bebalocalMESMO: 4 Islands; Augustinus; Cathedral; Dádiva; Demonho; Everbrew; Hocus Pocus; Japas; Locals Only; Molinarius; Noi; Orchid; OverHop; Saint Rock; Salvador; Suricato; Treze; Unicorn

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