Zico licencia cerveja e clube de assinatura com foco nas artesanais
Eterno ídolo do Flamengo, Zico incluiu um item à série de produtos licenciados com a sua marca: cerveja. Na verdade, dois itens porque a bebida faz parte de um clube de assinatura que também leva o nome do jogador - único local onde a Zico Art Beer poderá ser encontrada, uma vez que não será comercializada em bares, lojas ou supermercados. O negócio repete uma primeira iniciativa que teve à frente o ex-goleiro Marcos, do Palmeiras. Os jogadores são a “cara final” de uma cadeia produtiva que começa com uma receita criada por um cervejeiro caseiro, passa por uma empresa aceleradora de cervejarias artesanais e termina em uma plataforma de vendas on-line focada também em cervejas artesanais.
A primeira Zico Art Beer a ser disponibilizada para os assinantes do clube é uma American Premium Lager (4,9% de teor alcoólico, 9 IBU). A cada mês, será criado um kit composto por duas cervejas e o copo personalizado correspondente ao estilo da vez, além de cards que contam a história do eterno craque do Flamengo. Abril será a vez de uma Witbier. Pela ordem, até fevereiro de 2019, os próximos estilos serão: Strong Bitter, Stout, Imperial IPA, American Blonde Ale, New England IPA, Rye Session IPA, American Sour Ale e American Pale Ale. O clube tem previsão de duração de 12 meses e pretende limitar em 10 mil o número de assinantes.
O projeto do clube de assinatura foi estruturado pela Bier Hub. Criada em 2016, em São Paulo, a empresa se apresenta como “a primeira Aceleradora para produtores artesanais de cerveja”. Eles recebem a bebida produzida por caseiros ou ciganos para avaliação e fazem suas escolhas a cada trimestre. As “eleitas” são produzidas em larga escala e colocadas para venda on-line ou inseridas nos clubes de assinatura. Em seu site, a empresa informa já ter degustado 80 rótulos, feito 12 seleções e produzido 110 mil litros de cerveja artesanal.
As vendas do Zico Art Beer ficam a cargo da plataforma Bebedores de Cerveja, e-commerce especializado em cervejas artesanais. O clube de assinaturas do ex-goleiro Marcos, do Palmeiras, o Clube 12, foi lançado no final do ano passado. Por lá, os assinantes têm direito a participar de eventos com o jogador. No caso do clube do Zico, também estão previstas promoções voltadas para os assinantes, envolvendo o craque do Flamengo.
E o que Zico diz?
Para falar sobre a sua cerveja, o craque recebeu a coluna Lupulinário na sua casa, na Barra da Tijuca (RJ).
Ele conta que o projeto “aconteceu muito rápido” parar dar tempo de ser lançado no seu aniversário – Zico completa 65 anos amanhã, dia 3 de março. Foram apenas duas reuniões. Ele provou a cerveja, gostou e deu o sinal verde para tocar o negócio.
“Sempre tomei cerveja, principalmente, depois de uma pelada. É comum atletas beberem cerveja ou outra bebida socialmente. O que faz mal é beber de forma exagerada”, afirma ele que, há 30 anos, toda quarta-feira, participa de uma pelada no seu centro de futebol.
Zico não posa de entendido em cervejas. Ao contrário. Com toda tranquilidade, admite que não sabe diferenciar os estilos e pouco conhece das artesanais. Ele afirma gostar das cervejas “mais leves e mais claras”.
“Cerveja muito forte, não gosto. Das pretas também não”, diz ele que fará questão de provar todas as cervejas da sua linha, antes de ir para o assinante.
Divertido, conta que, depois de uma pelada, “você toma qualquer coisa”, ou seja, qualquer cerveja vale. Fora de lá, “na hora do tira-gosto”, afirma que alguns rótulos “não descem bem mesmo”.
Sem preocupações comerciais, lista as marcas preferidas, pela ordem: Heineken, Bavária e Stella Artois. Já com a Budweiser diz não se dar muito bem.
Na sua opinião, cerveja não combina com pizza. Porém, considera a bebida perfeita para acompanhar uma feijoada – cardápio da sua festa de aniversário, que fará em casa, apenas para familiares.
“Espero que me tragam um barrilzinho da minha cerveja”, brinca.
Atualmente, Zico tem cerca de 30 itens sob licenciamento. Ele diz não ver problema em incluir a cerveja entre eles. O fato da bebida não ser vendida em bares ou supermercado é um dos fatores que contribui para isso.
“Eu sou o que eu sou. A vida toda, sempre bebi. Não bebo todos os dias e se estiver sozinho em casa, não bebo nem vinho. Não gosto de destilados. A mensagem que temos que passar é que é possível fazer de tudo, desde que seja com moderação. Por exemplo, nunca fumei porque nunca tive vontade e acho que o cigarro faz muito mal. Já perdi amigos por fumarem”, conta.
Zico afirma que os anos na condição de ídolo de gerações não é um peso. Diz que nunca deixou de fazer nada por causa disso. Mas admite que, atualmente, as pessoas públicas estão sendo mais “patrulhadas”. Afinal, tudo é filmado, fotografado e postado em redes sociais.
“Se eu sou o capitão de um time, pode acontecer algo e vou xingar, mesmo, o colega, em campo. Mas isso é uma situação apenas daquele momento. Agora, gravam você falando algo e isso vira uma briga. Eu nunca me policiei, mas hoje tenho que me policiar mais. O lado bom é que a gente pode usar a nossa voz para esclarecer as coisas nas nossas próprias redes sociais”, comenta Zico, cada vez mais envolvido com as gravações para o seu canal de YouTube.
Na verdade, o craque percebe as redes sociais de uma forma mais positiva do que negativa. Ele reconhece que é graças a elas que crianças e jovens de hoje conhecem o Zico de ontem.
“É comum uma criança se aproximar e contar que me viu jogar em algum vídeo do YouTube. Uma delas me disse uma vez que era tudo verdade o que o pai lhe contara a meu respeito. Agradeço muito a esses pais. Sei da minha responsabilidade como ídolo”, afirma.
Mas será que só flamenguistas vão consumir a Zico Art Beer?
“Muitos dos meus produtos são ligados ao Flamengo. É uma ligação muito forte com o clube que eu tenho. Acredito que nesses casos, quem não é flamenguista não deve comprar. Mas quando o produto não tem ligação com o time, compram”.
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