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Turistando em Niterói: um passeio pela Ilha da Boa Viagem

  • Foto do escritor: Sônia Apolinário
    Sônia Apolinário
  • 22 de jul.
  • 4 min de leitura

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Depois de uns dias fechada para pequenos reparos, a Ilha da Boa Viagem, em Niterói, voltou  a abrir as portas para o público. Essa época de dias de sol, mas com temperatura amena, é ideal para visitar o local.

 

E por mais que tenha muita História envolvida, será a paisagem a grande vedete de um passeio pela Ilha, com sua vista debruçada para a Baía de Guanabara – vista essa que contemplará, também, a própria cidade de Niterói.

 

Prova disso é o ponto de partida desse passeio: a ponte que liga a praia da Boa Viagem à ilha. Uma ponte elevada de cimento, construída somente na década de 1970  que, dependendo da maré, estará com a base coberta pelo mar ou sobre uma faixa de areia.

 

É o início de uma “escalada” que vai descortinando novos ângulos de paisagens familiares para o morador de Niterói. Com o MAC se “exibindo” sem constrangimento a cada um desses novos ângulos.

 

Ponte atravessada, é hora de subir 127 degraus. Encravados na pedra, são irregulares e altos. Dão uma certa canseira no visitante, mas nada que impeça de prosseguir. Até porque, a cada degrau “escalado”, a paisagem vai sempre mostrar que o esforço vale a pena.

 


Vista do casarão com o poço (em restauro) no primeiro plano
Vista do casarão com o poço (em restauro) no primeiro plano

primeira parada é o casarão conhecido como castelo. Construído na década de 1940, abriga uma exposição que conta a história da ilha e seu processo de restauração pela prefeitura de Niterói. O local foi sede dos Escoteiros do Mar. Os janelões do prédio emolduram, claro, vistas deslumbrantes. O casarão dispõe de banheiros (impecáveis) para os visitantes.




 

De lá, os caminhos levam para a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, que data de 1650, e se encontra no ponto mais elevado da ilha. O que se diz sobre a capela é que foi construída pelo Provedor da Fazenda Real, Diogo Carvalho da Fontoura, em agradecimento por uma graça recebida.

 



Foi a partir dela que a ilha foi “povoada”. Ou seja, apesar da localização estratégica na Baía de Guanabara, foram motivações religiosas e não militares que levaram homens, inicialmente, a escalar a rocha.


A capela original foi destruída pela invasão francesa de 1711, tendo sido reconstruída somente em 1780, em estilo neoclássico, de pé até hoje.


Da capela, é chegada a hora de conhecer o fortim e isso vai exigir uma descida em curvas que não permite para o visitante antecipar o que vai encontrar. Será que vale o esforço? Decididamente, vale. E muito. Sim, por conta da vista – mais de 180 graus de Baía da Guanabara com direito a encarar a boca da Baía.

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Registros históricos apontam o ano de 1702 como marco do início da construção do fortim, que tinha entre cinco ou seis peças de artilharia. A ilha também abrigou uma bateria artilhada, para complemento da defesa da entrada da barra: a Bateria de Nossa Senhora da Boa Viagem. Foi duramente castigada durante a Revolta da Armada (1893).


Linha do tempo


Reza a lenda que o local foi batizado de Ilha da Boa Viagem porque os navegadores que chegavam ou saíam da Baía de Guanabara se ajoelhavam no convés das embarcações para agradecer a boa viagem que teriam tido ou para pedir a bênção para uma nova viagem fora da Baía.

 

A Ilha da Boa Viagem encontra-se descrita em diversos relatos e retratada em pranchas dos séculos XVIII e XIX como um local paradisíaco.

 

Ali funcionou, entre 1840 e 1846, a Escola de Aprendizes Marinheiros.

 

No final dos anos 1930, no local se instalou um grupo de escoteiros e um campo escola do movimento.

 

Em 1937, foi entregue pela Marinha através de acordo firmado com a Federação dos Escoteiros do Mar

 

A Ilha da Boa Viagem foi tombada pelo IPHAN em 1938.


O local ficou abandonado por muitos anos.

 



Tempos atuais


Em 2023, a ilha foi reaberta ao público após uma obra de restauração de iniciativa da prefeitura de Niterói, que fez um investimento de R$ 5,5 milhões.

 

A partir de Janeiro de 2025, a Ilha da Boa Viagem foi aberta à visitação livre e gratuita, sem necessidade de agendamento prévio, que pode ser feita de terça a domingo, das 10h às 17h.

 

É possível fazer a visita por conta própria, mas quem quiser saber detalhes sobre o local, deve se programar para acompanhar a visita guiada. São quatro horários, todos os dias: 10h e 11h30; 13h e 15h. Todas saem do Centro de Atendimento ao Turista, que fica na calçada antes da ponte de acesso à ilha.

 

Aos domingos pela manhã, na capela, costumam ser realizados concertos com músicos do Projeto Aprendiz, da prefeitura.

 

Em pontos estratégicos da ilha, a segurança é garantida por policiais e ou funcionários da prefeitura, de forma não ostensiva. Cordões de isolamento em alguns trechos fazem com que os visitantes não tenham dúvidas sobre qual caminho seguir.

 

Apesar da quase onipresença do MAC na paisagem, vale conjugar um passeio à ilha com uma ida ao museu, que fica bem próximo.

 

Deu sede e fome depois de passear pela ilha? A orla da Boa Viagem é abastecida com vendedores de água de coco e quiosques que, além de bebidas e petiscos, seguem a oferecer a grande recompensa do passeio: vista espetacular.

 

 

Foto: prefeitura de Niterói. Todas as outras e vídeos por Sônia Apolinário
Foto: prefeitura de Niterói. Todas as outras e vídeos por Sônia Apolinário

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