Salamandras com 'sorriso permanente' são as novas atrações do BioParque do Rio

Sônia Apolinário
há 40 minutos
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Eles medem cerca de 20 cm e parece que estão sempre sorrindo. Talvez por conta de tanta “simpatia”, os axolotes, anfíbios originários do Mèxico, são uma espécie de hype do momento.

Não ligou o nome ao animal? Explica-se. Axalote é uma espécie de salamandra que consegue regenerar qualquer parte do seu corpo. Pois alguns deles se tornaram, agora, atração no BioParque do Rio, na Quinta da Boa Vista.

O zoo carioca inaugura, nesta sexta-feira (18), um espaço dedicado aos bichinhos. O “Reino dos Axolotes” é uma proposta de experiência imersiva, que une mitologia mexicana, ambientação lúdica e educação ambiental.

O ambiente cenográfico do espaço é inspirado nos canais de Xochimilco - uma atração turística popular da cidade do México - e nas tradições do Día de Muertos – uma celebração de origem indígena, celebrada há três mil anos, em honra às pessoas mortas cujas almas são autorizadas a visitar os parentes vivos.

O “Reino dos Axolotes” foi povoado com animais vítimas do tráfico, resgatados pela Polícia Rodoviária Federal, em 2022. Após passarem por reabilitação no Bioparque Pantanal, chegaram ao Rio de Janeiro em maio de 2025 e ficaram sob acompanhamento técnico do AquaRio.

São as guelras externas dos axolotes que dão a aparência de “sorriso permanente” para eles. Esses anfíbios conquistaram o imaginário de crianças e adultos tendo se tornado populares em jogos como Minecraft e Roblox. Porém, estão seriamente ameaçados de extinção. No Brasil, sua criação e venda são proibidas e configuram crime ambiental.

- Mais do que uma exposição, o “Reino dos Axolotes” é um convite à reflexão sobre como nossas escolhas impactam o futuro da biodiversidade – afirmou Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas, responsável pela gestão do BioParque do Rio . O novo espaço abriga, ainda, outros animais vítimas do tráfico, como escorpiões e tarântulas brasileiras e mexicanas.

Mitologia

Axolote é um nome asteca que, em uma tradução aproximada, significa "monstro aquático". Na mitologia asteca, é a evocação do deus Xolotl.

Xolotl é o responsável por guiar as almas durante sua jornada por Mictlan, o submundo da mitologia asteca, para onde vai a maioria das pessoas que morrem. É também o deus do fogo e iluminação, doenças e deformidades.

Xolotl é irmão gêmeo de Quetzalcoatl, personificação escura de Vênus, a estrela da noite. Ele guardava o sol quando passou pelo submundo da noite. Xolotl ajudou Quetzalcoatl em trazer a humanidade e o fogo do submundo.