top of page
  • Sônia Apolinário

Onde está o gole?



Um projeto que conta com a participação de 56 cervejarias foi lançado esta semana. Chama-se “Onde está o Gole?” e tem a mesma dinâmica do SBB2020: não teve, mas eu fui!”, anunciado pelo Slow Brew Brasil, em outubro passado. Porém, há um silêncio cervejeiro em relação ao festival, neste momento. O motivo é um racha na sua diretoria original. A nova composição já anunciou para 2021 a realização do Slow Brew Campestre, tendo como marca oficial do evento a cerveja Black Princess, do Grupo Petrópolis – que sempre participou do Slow Brew, mas sem maiores destaques, por parte da organização.




Onde está o Gole?


O projeto usa os rótulos para brincar com o público. Cada rótulo representa um quadrante de um grande painel. Cada quadrante tem as cervejarias indicadas pelos seus símbolos. As ilustrações foram criadas pelo artista Marlos Lima.


Nas suas redes sociais, as marcas dão “pistas” sobre a identidade dos seus “vizinhos” e informam que a ideia é celebrar a cerveja ou “reforçar laços de amizade após um ano intenso marcado pelo distanciamento social (...) São ao todo 9 telas para agruparem e criarem um quadro inteiro”, como diz um post da Dádiva.


“Uma cervejaria levará à outra e as pessoas vão começar a encontrar as cervejas nos bares, vão buscando quem faz parte de cada rótulo e por ai vai”, explicou Luiza Tolosa, sócia da Dádiva.


Segundo ela, o projeto não teve um líder. Surgiu a partir de “algumas pessoas que iniciaram a conversa e foram agregando outras”. Luiza afirmou que “Onde está o Gole?” não tem relação com o “SBB2020: não teve, mas eu fui!”.


Você consegue descobrir goles aqui?



SBB2020: não teve, mas eu fui!


No site do Slow Brew Brasil ainda hoje (18 de novembro de 2020) constam informações sobre o evento, postadas no dia 5 de outubro passado.


“Cada cervejaria lançará entre os meses de novembro e dezembro uma cerveja colecionável que estava programada para ser plugada no evento. O renomado ilustrador Marlos Lima foi convidado para criar 9 artes colecionáveis onde representará os Slowers ao lado das cervejarias. Estas artes serão os rótulos que as cervejarias enveloparão suas obras-primas. (...) Não se trata de um festival online, é sim, uma lembrança colecionável do que não teve, mas nós fomos!”, diz trechos da matéria no site do Slow Brew Brasil, que teve suas edições previstas para acontecer este ano canceladas por conta da pandemia do Coronavírus.


A postagem também relaciona as 56 cervejarias que participariam do “SBB2020: não teve, mas eu fui!”.


Slow Brew Campestre


No dia 6 de outubro, Maurício Leandro, um dos criadores da marca Slow Brew enviou e-mail para seus contatos comunicando que, a partir do dia 1 de outubro, estava oficialmente desligado da diretoria do evento, por motivos de saúde.


Ele aproveitou a mensagem para , “na condição de uma pessoa comum” fazer uma sugestão para a “nova diretoria” do festival: transformar o Slow Brew em um clube de associados – mais precisamente, 950 associados. Na sua opinião, a venda de ingressos impossibilita o avanço e o desenvolvimento do festival.


“E deixe os dentes rangerem”, ele escreveu, ao final da mensagem.


No dia 21 de outubro, a então sócia do evento, Kátia Pereira, usou suas redes sociais para comunicar que não estava mais à frente da curadoria do Slow Brew Brasil. Ela informou também que seu relacionamento com Maurício, “enquanto casal, fechou seu ciclo de oito anos”.


Na sequência do comunicado ela disse:


“O Slow Brew foi o “filho” que alimentamos e hoje ele já anda por conta própria, transcende tudo, inclusive a este fato pessoal que vocês acabam de tomar conhecimento”.


Kátia termina seu comunicado afirmando que espera, em breve, poder continuar colaborando de outra forma para o mercado cervejeiro.


Alguns dias após o comunicado de Kátia, Maurício usou um perfil no Facebook diferente do seu para informar sobre os novos rumos do festival. Se apresentando, outra vez, como seu diretor executivo, anunciou a realização, em 2021, do Slow Brew Campestre.


Nesse novo formato, o evento está previsto para ser realizado em Jurucê, cidade distante 12 Km de Ribeirão Preto (SP). A ideia, até então, era que o novo Slow fosse realizado em três dias. O festival cervejeiro propriamente dito, seria a atração de um dos dias. Nos outros, a proposta de Maurício era que houvesse uma integração do público com o circuito gastronômico da região, além de visitação das cervejarias instaladas em Ribeirão Preto – atualmente, a cidade tem 14 fábricas. O Slow, na nova concepção de Maurício, vai acontecer em um sítio. O evento entra com as bebidas e o público levará sua comida para fazer um piquenique no local, como ele mesmo sugeriu na sua postagem.


De acordo com Maurício, o novo formato tem como objetivo diminuir o "elevado custo estrutural" do evento. Ele informou ter tido, com o festival, até agora, um prejuízo de R$ 1,2 milhão.


Em uma de suas postagens, ele “prestou contas” da forma como usou o dinheiro recebido com a venda de ingressos para a edição 2020 cancelada.


Maurício também postou vídeos no Youtube para apresentar o novo espaço onde pretende realizar o festival, “um campo gramado medindo 25 mil m², semelhante a um campo de futebol, arborizado, rural”.


No site do festival, consta que o evento será realizado em dois dias e não três – 9 e 10 de outubro de 2021, em Ribeirão Preto (SP).


Porém, quando se clica em “comprar ingresso”, o link remete para as seguintes informações:

Data: 04/12/2021; Horário: 14h às 22h; Local: Centro de Eventos Pro-Magno - Endereço: Av. Profa. Ida Kolb, 513 - Jardim das Laranjeiras; Cidade: São Paulo – SP


De acordo com o site, a equipe do Slow Brew é formada por Manoel Luiz Fernandes (diretor institucional), Maurício Leandro (diretor executivo) e Mylena Olegário (auxiliar financeiro).


Na página do Facebook do festival, uma nota oficial com a data de hoje (18 de novembro de 2020) pede para que deixem a nova equipe trabalhar, fala que há "muita maldade" nas redes sociais e que somente os Slowers serão informados sobre o próximo evento, diretamente por e-mail.


Grupo Petrópolis


O site do Slow Brew Brasil informa que a marca oficial do evento é a Black Princess, que faz parte do portfólio do Grupo Petrópolis (RJ). Além disso, consta como sendo parceiro do festival o site Saber Beber – programa de iniciativa do Grupo Petrópolis “que traz esclarecimentos sobre tudo que envolve o consumo de bebidas alcoólicas”.


A Black Princess participou de todas as edições do Slow Brew. Era a única marca com estande diferenciado.


Ouça o podcast Happy Hour com a Lupulinário sobre o Slow Brew Campestre


Para comentar, aqui


Destaques
Últimas
bottom of page