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Final de concurso de quadrilhas juninas do Rio é atração na Praça da Apoteose

  • Foto do escritor: Sônia Apolinário
    Sônia Apolinário
  • 1 de ago.
  • 3 min de leitura

Um dos casais da quadrilha Forrozão Junino, atual campeã do Rio de Janeiro
Um dos casais da quadrilha Forrozão Junino, atual campeã do Rio de Janeiro

Em todo o estado do Rio de Janeiro, existem cerca de 200 grupos que mantêm a tradição das quadrilhas de festas juninas. Desse total, 50 fazem parte do Grupo Especial, a elite do segmento.


Neste final de semana, dias 2 e 3 de agosto, 27 integrantes do Grupo Especial disputam o título de melhor quadrilha do Rio de Janeiro. O campeonato vai transformar a Praça da Apoteose, no Sambódromo carioca, em um grande Arraiá, das 12h às 02h, nos dois dias. A entrada é franca mediante doação de um quilo de alimento não perecível.


Além do concurso de quadrilhas, o evento terá várias atrações musicais, além de barraquinhas de comidas típicas, apresentação de dança, teatro de rua e literatura de Cordel.


A atual quadrilha campeã do Rio de Janeiro é a Forrozão Junino, de Bonsucesso, bairro da zona norte carioca. O grupo representou o estado no Campeonato Brasileiro de Quadrilhas Juninas, que aconteceu nos últimos dias 26 e 27 de julho, em Barra de São Miguel, em Alagoas. A vencedora foi a Portal do Sertão, de Pernambuco.


- Quem vence a competição do Rio passa um ano inteiro se apresentando para juntar dinheiro para participar do concurso nacional – contou Felipe Machado, presidente da Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Estado do Rio de Janeiro (Liquerj).



Sim, lembra a Liesa, a liga das escolas de samba do Grupo Especial, e isso não é por acaso. Foi nessa instituição que os envolvidos com festas juninas se inspiraram para criar a Liquerj. Mas essa não é a única instituição que representa o segmento.


Segundo Machado, atualmente, existem dez entidades representativas estaduais, que promovem, cada uma, pelo menos, três eventos entre festejos, arraias e competições de quadrilhas juninas. São cerca de 30 festivais, cada um com uma média de público de 5 mil pessoas, por dia.


No estado, esses eventos acontecem em 20 municípios. De acordo com Machado, os festejos juninos profissionais impactam, diretamente, cerca de 500 mil pessoas. E todos os eventos são gratuitos.


Trecho de apresentação da Forrozão Junino




Não é só na criação de uma Liga que a turma das festas juninas apresenta semelhanças com o Carnaval do Rio. Para se sagrar campeã, as quadrilhas são submetidas a julgamento de jurados profissionais, que avaliam quesitos como tema, cenografia, indumentária, adereços, coreografia, animação e desenvoltura.


Cada quadrilha pode ter, no máximo, 60 componentes e as apresentações não podem passar de meia hora. Atualmente, o julgamento do campeonato do Rio de Janeiro é feito por 14 avaliadores.


- Ganha quem erra menos – afirmou Machado, que já dançou muita quadrilha e comandou um coletivo profissional, a Fazendão de Campo Grande, mas dissolveu o grupo quando se tornou dirigente da Liquerj, antes mesmo de assumir a presidência da instituição.


As quadrilhas profissionais se dividem em duas categorias: roça e salão. A primeira tem um visual mais simples, enquanto a segunda tem figurinos mais luxuosos, que remetem às antigas cortes. Em todas elas, dois casais são obrigatórios: noivos e sinhô e sinhazinha.


Trecho de apresentação da Forrozão Junino



Existem quatro quadrilhas infantis na ativa. Dentre as profissionais, a maioria é da cidade do Rio de Janeiro e Baixada. Angra dos Reis se destaca com 18 grupos. Niterói não tem quadrilha junina profissional, mas São Gonçalo tem. É a Balão Dourado (foto abaixo), que faz parte da categoria salão e está na ativa desde 2016.


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O Arraiá que acontece neste fim de semana é a 28ª edição do evento. Será transmitido, ao vivo, nos dois dias, pela TV Alerj. Para os dias do evento, a previsão do tempo indica sol, sem possibilidade de chuva – para felicidade de Machado:


- Ano passado, choveu muito e a chuva destruiu quase tudo que arrumamos para o evento. Cheguei a chorar. Mas esse ano vai ser diferente.


Olha a chuva! É mentira!

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