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  • Sônia Apolinário

Novas opções de vinho em lata chegam ao mercado

Um vinho branco, outro rosé e um tinto da vinícola Quinta Don Bonifácio, de Caxias do Sul (RS), começam a chegar ao mercado do Rio de Janeiro e São Paulo, em lata, sob a marca Vivant. Todas têm 269 ml da bebida. O branco e o rosé têm 11,5% de teor alcoólico, enquanto o tinto tem 12,5%. As latas não informam sobre os respectivos tipos dos vinhos. Dizem apenas que se trata de um “fermentado de uvas viníferas” e que a bebida “não contém glúten”.

André Nogueira, um dos sócios da Vivant Wines, afirma que a linha da empresa é a primeira, no país, a ter dentro da lata vinho 100% natural, sem aditivos ou adição de gás carbônico (vide Pedido de errata no final da matéria) .

Sim, existem outros vinhos na lata. Na verdade, há tempos que produtores perseguem novas formas de ampliar o mercado consumidor da bebida – vide os vinhos em pack. Descomplicar o consumo, baixar o preço e atrair os jovens para a bebida são os objetivos dessas iniciativas.

Em 2017, a vinícola do diretor de cinema Francis Ford Coppola, aderiu à lata e “chancelou” a nova forma de vender a bebida, por conta da boa fama da vinícola Coppola, da Califórnia (EUA). Um dos vinhos da marca que foi para a lata (250 ml), chegou ao mercado norte-americano por cerca de R$ 16,00, enquanto a garrafa de 750 ml do mesmo rótulo sairia por R$ 200,00 (valores convertidos para o mercado brasileiro, em caso de importação do produto).

Atualmente, vinhos em lata são comuns nos Estados Unidos, Itália, França e Nova Zelândia, onde o tipo de uva que deu origem ao vinho é informado na lata.

No ano passado, a vinícola Giaretta, de Guaporé (RS), em parceria com a AVR (Águas Vão

Rolar) lançou, no Brasil, a linha Ovnih (Objeto Vinífero Não Identificado): branco (12%), rosé (12,%) e moscatel (7,5%). Sobre os vinhos que foram para as latas, a Giaretta informa, no seu site, apenas, que são 100% uvas viníferas brancas e 100% uvas viníferas. Os vinhos são apresentados como Sparkling Wine. Os três são comercializados em lata (269ml) e também em barril (16 L e 30L), como os de chope.

A Vivant Wines iniciou sua trajetória no mercado brasileiro em janeiro passado. Os sócios escolheram os vinhos que iriam para a lata junto com a vinícola. Blends foram criados para isso. O site da Quinta Don Bonifácio não contém informações sobre a linha Vivant.

“Nosso foco é atrair o público jovem, que não tem muita alternativa para beber vinho. A ideia é que eles levem as latas para praia, festas e parques”, comenta André Nogueira.

Segundo ele, o produto – cujo preço sugerido oscila entre R$ 15,00 e R$ 20,00 - está tendo boa aceitação. O empresário não quis informar volume de produção e números relacionados a vendagem por considerar “segredo” do negócio. André conta que, depois dos bares, agora, pretende colocar suas latas de vinho nos supermercados do Rio de Janeiro.

Pedido de errata

Em mensagem enviada para o Comunic, os fabricantes da linha Ovnih afirmam que o primeiro vinho fino em lata, natural e sem adição de CO2, é o OvniH Moscatel - o que contradiz a informação prestada ao site por André Nogueira, um dos sócios da Vivant Wines. Na época da produção desta matéria, a Ovnih foi procurada, mas não retornou os recados.

A seguir, a mensagem enviada ao Comunic, no dia 05 de julho de 2019:

"O desafio de abrir um novo mercado é real e árduo. Por isso, respeitamos o conceito de pioneirismo e nos orgulhamos de ter apostado em inovação para lançar no final de 2017 o OvniH, primeiro vinho em lata brasileiro, apelidado por nós de “objeto vinífero não identificado” justamente pelo ineditismo da proposta no Brasil. Estamos entrando em contato para esclarecer que o primeiro vinho fino em lata natural e sem a adição de CO2 é o OvniH Moscatel, produzido no país e lançado no mercado foi fruto de uma parceria entre a Vinícola Giaretta e a AVR - Águas vão rolar (projeto dos fundadores da Cerveja Coruja Micael Eckert e Rafael Rodrigues)"

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