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  • Sônia Apolinário

Cerveja de cogumelo e marcas novas são algumas novidades pinçadas do Mondial de la Bière

Depois de dois dias no evento, confira o novo zoom da Lupulinário no festival que vai até o dia 11 de dezembro, na Marina da Glória (RJ).





Elbers


Uma cerveja feita com cogumelos Porcini é um dos destaques do estande da Elbers Bier. A cervejaria, que produz preferencialmente cervejas belgas, fica na Serrinha do Alambarí, em Resende, no sul fluminense.


A Porcini Premium (8,4% ABV) foi criada há três anos, a pedido de um restaurante, o Cogumelo Bistrô, que fica pela região, em Visconde de Mauá. De acordo com o cervejeiro da marca, Roberto Maciel, é feita com uma base de Belgian Dubbel e adição de cogumelos que dão para a bebida “um gosto tostado e terroso”.



A Elbers Bier atual é obra do engenheiro mecânico Fernando Gonçalves que comprou, em 2019, a fábrica da cervejaria, distante 1 Km do sítio onde ele pretende morar, assim que se aposentar, no próximo ano.


Ele contou que a cerveja entrou na sua vida como hobby. Quando decidiu se profissionalizar, por um ano e meio foi cigano da Elbers, até que os antigos donos resolveram vender a empresa. No sítio, ele montou o bar da marca. Atualmente, a cervejaria produz 5 mil litros por mês e vende sua produção praticamente toda pela região.


Para o Mondial, a Elbers também levou uma cerveja de Pinhão (6,8%) que foge um pouco da proposta original da marca porque tem como base uma Red Ale.



Brass


A Brass Brew é paulista. Foi criada há um ano e meio pelo (ex) economista Omar Sabbag (à esquerda, na foto) e o jornalista Henrique Mazzei.



A marca tem dois brewpubs na cidade de São Paulo, nos bairros da República e Perdizes. Porém, também produz como cigana na fábrica do Instituto da Cerveja Brasil (ICB), em Indaiatuba (SP).


Cervejeiro da Brass Brew, Sabbag informa que, por lá, só rolam cervejas de estilos clássicos, principalmente, da escola inglesa.


- No aniversário de um primo, vi pela primeira vez uma cerveja sendo produzida. Achei interessante e fui buscar mais informações. Fiz minha primeira cerveja em uma fogueira. Depois, no apartamento do meu futuro sócio. Em três meses como caseiro, produzi 100 litros e parei de comprar cerveja em bar. Os amigos estavam gostando do que eu produzia, então, resolvei mudar de profissão. Hoje, sou cervejeiro – conta Sabbag que levou cinco anos para chegar da fogueira ao mercado, passando por cursos no ICB.



Ouse


A Ouse Beer foi criada há um ano e meio, no Rio de Janeiro, por três mulheres. A dentista Jessica Braga é a cervejeira da marca que tem como sócias Nayla (à esquerda, na foto) e Graciele Mohamad, a primeira também beer sommelière e dentista.



Jessica, uma paulista que vive no Rio há dez anos, contou que tudo começou como uma forma de fazer alguma coisa, durante a pandemia do Coronavírus. Tina, a Belgian Tripel plugada no Mondial, foi, segundo ela, feita originalmente como prova final do seu curso de Tecnologia Cervejeira no ICB.


No cardápio do festival também estavam a Irish Red Ale Rita, a Cream Ale com gengibre Lília e a Lager com café (artesanal do Alto Caparaó, MG) Marta.


A Ouse Beer é uma cigana que produz na Nossa Fábrica, em Guapimirim (RJ).


Ruradélica


A Ruradélica é uma cigana de Porto Alegre (RS) que está no mercado há sete anos e participou do Mondial pela primeira vez.



“Natureza líquida” é o mote da marca que, segundo Bruno Puhl, tem uma “queda” pela escola norte-americana de cerveja. Atualmente, a Ruradélica tem uma produção de 6 mil litros por mês, feita em três fábricas gaúchas: Paralelo 30, de Eldorado; 4 Árvores e Cubo Cia Cervejeira, ambas de Porto Alegre.


Para o evento, os destaques da marca foram a Ficção Púrpura (Imperial Gose com uva e goiaba, 9,5% ABV, que está no copo do Bruno, na foto) e duas Milkshake IPAs: goiaba e graviola, ambas com 7% ABV.

Em Porto Alegre, a Ruradélica está no bairro São Geraldo.


O cervejeiro da marca é Maurício Gutierres. Ele e Bruno eram cervejeiros caseiros até decidirem profissionalizar o hobby.



Oito Anos


Para comemorar os oito anos da Dádiva, a cervejaria de Várzea Paulista (SP) criou a as cervejas Dádiva 8 Anos Chardonnay e Pinot Noir, ambas plugadas no Mondial.



São Belgian Strong Golden Ale feitas com blends de 30% vinho e 70% cerveja e têm 9,7% ABV.


De cor amarelo palha, a Dádiva 8 Anos Chardonnay é feita com vinho natural Chardonnay da vinícola brasileira Valparaíso, que fica em Vila Rica, município de Barão, na Serra Gaúcha,.


De acordo com a marca, a cerveja tem toques de maçã verde no aroma e nuances trazidas pelo vinho, como abacaxi e pêssego. A acidez na boca é delicada e agradável. Tem corpo médio baixo e uma suave sensação de aquecimento.


A 8 Anos Pinot Noir tem cor vermelho acobreada e também foi feita com vinho natural da Valparaíso, no caso Pìnot Noir. A cerveja é descrita pela Dádiva como tendo aromas que lembram morango e framboesa, de acidez equilibrada e mais suave do que a versão com Chardonnay. No sabor, percebem-se as notas de uva, remetendo a vinho.



Viva Magenta


Pelo menos duas cervejas exibiram cores que muito se pareceram com a Viva Magenta, escolhida pela Pantone como a cor de 2023. Ambas são Catharina Sour de amora e foram produzidas pelas cervejarias Masterpiece (Niterói, RJ) e Overhop (RJ), respectivamente, Antônio Parreiras e Amora.


Como estão sendo produzidas muitas cervejas neste estilo, inclusive com o uso da mesma fruta ou mix de frutas vermelhas, é possível outros rótulos também possam ganhar o título de cerveja com a cor de 2023.




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