Othon Bastos encena monólogo em Niterói com entrada franca
- Sônia Apolinário
- há 1 hora
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Um bate-papo, um esboço de livro de memórias e muita pesquisa. Essa é a base do monólogo Assim é “Não me entrego, não!” que Othon Bastos encena em Niterói, de sexta (12) a domingo (14), ao Teatro Popular Oscar Niemeyer, com entrada franca.
O que o ator de 92 anos de idade e mais de 70 de carreira conta no palco são passagens da sua própria vida. O monólogo foi escrito e dirigido por Flávio Marinho, a partir de longas conversas entre os dois e de um calhamaço de memórias que Othon deixou sob a diligência de Flávio, seu amigo de décadas. Acrescente-se ainda uma minuciosa pesquisa feita pelo autor, levando em conta os principais acontecimentos da vida do ator.
- Pensei como seria maravilhoso contar a biografia de alguém no palco. E aí falei com o Flávio que eu queria fazer um espetáculo com ele sobre a minha vida. Para isso, entreguei umas 600 páginas de pensamentos escritos sobre coisas que eu gosto, autores, anotações. Ali tinha um resumo bom sobre mim. Ele leu, entendeu e foi montando o espetáculo. Mas confesso que, embora seja uma peça sobre a mim mesmo, é mais difícil me lembrar do texto, porque as lembranças chegam editadas e não espontâneas – contou o ator.
- A peça tem como estrutura as lembranças de Othon. Com elas vêm também reflexões sobre esses fatos, que vão desde a descoberta do amor e o casamento de 57 anos até acontecimentos político-sociais – informou o autor.
Um dos principais atores do país, Othon Bastos possui uma carreira de títulos marcantes no cinema e no teatro que são relembrados em cena, propondo uma reflexão sobre cada momento da sua trajetória.
É uma espécie de “mural de uma existência”, dividido em blocos temáticos – trabalho, amor, teatro, cinema e política – com reflexões que envolvem citações e referências de alguns dos autores mais importantes do mundo. A peça, segundo Flávio Marinho, “é uma lição de vida e de resiliência, sobre como enfrentar e superar duros obstáculos”.

Em cena, o Othon Bastos terá a companhia de um “ponto” : a atriz Marta Paret, que faz observações às suas falas.
- É um momento único mesmo: meu primeiro monólogo e sobre a minha própria vida. É uma experiência muito forte eu ter que ser o meu próprio centro em cena. Mas não trazemos nenhuma lembrança amarga, apenas as alegres e divertidas, para levar curiosidades que vivi ao longo desses anos todos ao público, que saberá o que se passa com um ator – que é uma pessoa comum. Quero que as pessoas vejam quem eu sou e como sou - afirmou Othon.
O espetáculo fez sua estreia no dia 14 de junho de 2024, no Teatro Vannucci no Rio de Janeiro, e está em cartaz desde então.
Serviço
“Não me entrego, não!”
Data: sexta (12) e sábado (13) às 19h; domingo (14), às 18h
Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer - R. Jorn. Rogério Coelho Neto, s/n, Centro.
Entrada franca com distribuição de ingressos 1h antes do início do espetáculo
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