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Jornalismo nos tempos do ódio: livro mostra violência exercida contra profissionais no exercício recente da profissão

  • Foto do escritor: Sônia Apolinário
    Sônia Apolinário
  • 22 de jul.
  • 2 min de leitura

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A violência contra o exercício do jornalismo e seus profissionais é o tema em torno do qual gira  “Vocês da imprensa” (Máquina de Livros). A publicação será lançada no próximo dia 29, no Rio.

 

No Brasil, o crescimento dos ataques a jornalistas se intensificaram entre as eleições 2014 e 2024 – período que inclui o impeachment de Dilma Rousseff e vai até os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

 

O autor, João Paulo Saconi, parte da sua própria experiência para montar um mosaico do qual fazem parte também situações vividas por mais sete jornalistas: Santiago Andrade, Luiz Fara Monteiro, Patrícia Campos Mello, Vera Magalhães, Renato Alves,  Natuza  Nery  e  Raquel  Landim.

 

Todos foram alvo de ameaças, linchamentos virtuais, tentativas de silenciamento e de destruição de reputações – situações de violência que respingaram em familiares e amigos.

 

Nascido em Itu (SP), João Paulo Saconi tem 29 anos. Desde 2018, trabalha no jornal “O Globo”. Foi uma reportagem publicada no ano seguinte que o fez provar da fúria bolsonarista.

 

É com sua história que inicia o livro. A reportagem em questão foi “Um mês de coaching com Heloísa Bolsonaro

 

Para realizar o trabalho, o jornalista, durante um mês, foi aluno em sessões de coaching on-line da nora do então presidente da República, Heloísa Wolf Bolsonaro, esposa de Eduardo.

 

Na época, ela estava recém-casada e seu marido achava que poderia ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos.


Na reportagem, Saconi conta que quatro meses antes de se casar, Heloísa ministrava aulas usando apenas o nome de solteira e cobrava R$ 500 pelo curso mais barato. Com o casamento e o novo sobrenome, passou a cobrado pelas aulas R$ 1.350. 


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– A hostilidade impacta a maneira como nós, jornalistas, pensamos as pautas e participamos de coberturas, assim como os cuidados que precisamos ter com redes sociais – explica Saconi, que batizou o livro com uma expressão frequentemente usada por fontes, entrevistados e o próprio público para se referir a jornalistas, “como se fossem uma parcela à parte do Brasil”.

 

A reportagem rendeu cinco anos de agressões contra Saconi. Ele, por sua vez, transformou essa experiência em uma tese de mestrado em Comunicação e Cultura apresentada na  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


No trabalho, ele contou em  detalhes as  agressões sofridas ao longo dos cinco anos. A tese serviu de base para o livro de 192 páginas a ser lançado às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, que fica na Avenida Afrânio de Melo Franco 290, 2º piso.

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