Filme com Fabiula Nascimento mostra com humor a transformação de uma mulher que resolve viver sem filtros
- Sônia Apolinário

- 21 de ago.
- 3 min de leitura

É marido encostado, amiga egocêntrica, chefe machista. Cercada dessas pessoas no seu dia-a-dia, Bia (Fabiula Nascimento) segue a vida engolindo sapos. Porém, quando perde seu posto na empresa para uma jovem influencer, ela surta. Nesse momento, entra em cena a esotérica Deusa Xana (Polly Marinho) e a vida de Bia nunca mais será a mesma.
Em resumo, esse é o tema do filme “Uma Mulher Sem Filtro”, que chega aos cinemas do país nesta quinta-feira (21). Com direção de Arthur Fontes o longa é o remake do filme original “Sin Filtro”, também já adaptado em países como México, Espanha, Chile, Argentina, Peru e Itália.
- Ter tantas versões em lugares diferentes mostra que a história tem um caráter universal – afirmou o diretor durante entrevista coletiva online que contou com a participação do #ComuniC.
Coube a Tati Bernardi fazer a adaptação do roteiro para a versão brasileira da história. Segundo Arthur, o final ficou completamente diferente de todas as outras versões. E sua principal preocupação foi “equilibrar o humor com reflexões mais sérias”.
Essas coisas mais sérias giram, na maior parte das vezes, em torno das diferentes formas que o machismo pode adquirir. E em alguns estereótipos que esperam que as mulheres se enquadrem.
Bia precisava renovar constantemente seu estoque de paciência para lidar com o marido (Emílio Dantas), o chefe (Caito Mainier), a amiga (Patrícia Ramos) e a influencer (Camila Queiroz).
Após a consulta esotérica, ela se sente renovada; chuta o balde e a paciência junto, perde totalmente o filtro como todos a sua volta e dá uma guinada na vida.
Na entrevista coletiva, Fabiula Nascimento manteve o filtro distante.
- Essa foi a primeira vez que me ofereceram um papel de protagonista no cinema. Acho que demorou. Podia tranquilamente ter acontecido antes, sendo bem ousada ao dizer isso – afirmou a atriz curitibana de 47 anos e 25 longas no currículo.

Ex-esposa do ator Alexandre Nero (o Marco Aurélio da novela “Vale Tudo”), Fabiula é casada com Emílio Dantas, com quem teve dois filhos, os gêmeos Roque e Raul, de 3 anos.
Foi ela quem convidou Emílio para interpretar seu marido no filme. Não, ele não tinha sido a primeira opção do diretor e “praticamente foi obrigado a aceitar o papel”, como contou Fabíula.
Não foi a primeira vez que o casal dividiu um set de filmagem.
- Entrei no projeto sem pensar muito. Nem sabia que não tinham pensado em mim de primeira. Mas trabalhar com a Fabíula é muito rico. Ela é sempre meu oráculo de tudo o que eu crio, então, foi tudo muito fácil, sem surpresas – disse Emílio.
Um cuidado que o roteiro teve, admitido pelo diretor, foi o de não colocar Camila e Bia no campo da rivalidade. A ideia era quebrar o esteriótipo de que uma mulher sempre olha para outra com desdém, ou por ser mais jovem ou mais bonita.
No filme, a influencer passa longe de ser uma vilã. Até porque, os produtores se utilizaram dessa nova categoria de comunicadores para divulgar o filme.
Disse Fabiula:
- Bia precisava se libertar de preconceitos e isso incluía perder o preconceito em relação a Paloma que foi colocada na vaga que ela queria para ela. Na verdade, a culpa pela saia justa não é de Paloma, mas do chefe idiota que criou a situação.
E completa:
- Todo mundo tem filtro. Não ser o que a gente é, é prejudicial à saúde. A falta de comunicação é um erro da humanidade. Ser sem filtro pode ser como um tiro na cara, mas quando isso acontece, é sempre o melhor caminho.
Veja o trailer aqui
































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