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  • Sônia Apolinário

Debate com ex-presidentes da Fundação Cultural Palmares marca o lançamento do projeto Negrxs50mais

Um debate com ex-presidentes da Fundação Cultural Palmares na segunda-feira (23), às 18h, é o primeiro evento do Ciclo Zumbi dos Palmares - Consciência e Cultura Brasileira na semana de lançamento oficial do projeto Negrxs50mais. Outros encontros abordarão temas como moda e imagem, sustentabilidade, gastronomia, educação e saúde, sempre com o foco na população negra acima dos 50 anos de idade. Os eventos serão transmitidos ao vivo no canal do YouTube e na página do Facebook do projeto.

"Fundação Cultural Palmares – O encontro sobre a Fundação Palmares" reunirá os ex-presidentes da entidade Carlos Moura, que foi o primeiro a ocupar o cargo, entre 1988 e 1990 e depois entre 2000 e 2003; Dulce Pereira, presidente entre (1996 e 2000); Zulu Araújo (2007 a 2010) e Elói Ferreira (2011 a 2012). O objetivo é abordar o Dia Nacional da Consciência Negra sob o ponto de vista daqueles que construíram a Fundação e suas avaliações sobre a atual gestão.


Moura, por exemplo, afirma que a existência da FCP não é uma dádiva, mas fruto da reivindicação dos movimentos negros mobilizados desde o fim dos anos 1970 e de todos que já vinham buscando caminhos para superação do racismo. Ele também protesta contra o que chama de “desmonte do estado brasileiro, não apenas da Fundação Palmares, e cita como exemplo o “descaso com a pessoa humana” durante a pandemia Covid-19.


O Negrxs50mais é uma plataforma onde pessoas negras com idades superiores aos 50 anos encontram um conjunto de opções de serviços, tais como agendas culturais, orientações de saúde, moda, educação, esportes, opções de lazer e turismo, dicas de negócios, jogos digitais, perfis inspiradores de pessoas negrxs, artigos e entrevistas.


O objetivo do projeto, segundo seu criador, o jornalista Ivan Accioly, é oferecer conteúdo de qualidade a uma população que hoje passa dos 17 milhões de brasileiros. O número de pessoas é semelhante ao que vive na Holanda e superior a de países como Portugal, Suécia, Nova Zelândia, Cuba, Israel, Noruega, Dinamarca, por exemplo.


“Esse grupo é parte dos 56% da população autodeclarados negros (PNAD/IBGE-2019). Entre os quais, independentemente da faixa etária, 94% dizem que não se sentem representados nas propagandas e 61% afirmam que comprariam mais de marcas que os representassem, segundo pesquisa do instituto Locomotiva de 2017.”


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