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  • Sônia Apolinário

Comédia sobre intercâmbio de casais estreia no cinema

A prática do swing - ou "intercâmbio de casais", é o tema em torno do qual gira a comédia “Dois + Dois”, que estreia hoje (12 agosto) nos cinemas. Marcelo Serrado, Carol Castro, Roberta Rodrigues e Marcelo Laham são os protagonistas.



O longa é uma adaptação de uma produção argentina, que foi sucesso de bilheteria. Em uma coletiva de imprensa virtual, o roteirista e diretor Marcelo Saback contou que a versão original é mais erótica e com mais cenas de nudez do que a nacional. E isso, segundo ele, foi proposital para que o filme brasileiro não caísse na vulgaridade.


Essa, porém, não foi a única alteração feita por Saback. Ele optou por deixar o protagonismo da trama nas mãos das mulheres, mais especificamente, na personagem Emília, interpretada por Carol Castro.


“Puxei o protagonismo para a Emília para que o filme tivesse uma surpresa no final”, explicou Saback.


Na opinião da atriz, essa decisão fez com que o filme “fugisse do óbvio”. Na trama, ela é uma recatada “moça do tempo” de um telejornal, casada com o cardiologista Diogo (Marcelo Serrado). Ele é dono de uma clínica em sociedade com o também cardiologista Ricardo (Marcelo Laham), que é casado com a empresária Bettina (Roberta Rodrigues). Adeptos do swing, Ricardo e Bettina convidam Diogo e Emília para experimentarem a prática com eles.



“Conheço casais que praticam swing e são felizes, outros que são curiosos e também alguns que não conseguiram se adaptar. É uma prática mais comum do que se imagina e minha curiosidade já me levou muito longe”, afirmou Saback.


Já Carol Castro disse que não conseguiria fazer “intercâmbio de casais”. Ela se definiu como uma monogâmica assumida. Marcelo Laham admitiu que tem curiosidade, mas ainda não teve coragem para experimentar porque acha que vai “bater uma deprê”:


“Eu deveria ter usado a desculpa de fazer laboratório para o filme para ter conhecido algum lugar”, brincou.


Marcelo Serrado não disse “nem que sim, nem que não”. Porém, contou várias histórias, sempre envolvendo algum “amigo” - e esse detalhe não passou despercebido pelos colegas que o “zoaram”, durante a coletiva.


ComuniC perguntou para Saback se ele se preocupou em não fazer um final moralista para a história:


“Sim, tive essa preocupação. A troca de casais é uma temática delicada. A ideia não era levantar bandeiras, que as pessoas devem ou não devem fazer. A ideia era levantar um questionamento sobre um assunto que as pessoas ainda evitam falar com medo de serem julgadas. Eu diria que a principal mensagem é: quem não sabe brincar, não desce pro play. Porque você pode se permitir, mas deve estar atento para possíveis consequências”.


Sobre as cenas de sexo, os atores contaram que o bom clima das gravações ajudou a quebrar o gelo. Na coletiva, outro momento de “zoação” em cima de Marcelo Serrado foi quando falaram sobre o tapa-sexo usado pelo ator.


“O tapa-sexo do Serrado foi um caso à parte porque não parava no lugar e a gente ficava com muita vontade de rir”, afirmou Carol, entre risos.


A atriz contou que as cenas de sexo foram ensaiadas com a ajuda da coreógrafa Clarissa Freire. Nessas horas, os atores usaram roupas de ginástica. Mas ao contrário da maioria das produções, em “Dois + Dois”, são os homens quem mais “pagam corpinho”.


“Estava todo mundo tão exposto e isso deixou todo mundo no mesmo barco. Já que estava todo mundo ferrado, acabamos ficando muito unidos”, comentou Laham.


Na opinião do ator, como o filme mostra o desgaste que sofrem as relações, o tema deve gerar “grande identificação” por parte do público. Ele admitiu que, em vários momentos, achou que seu personagem estava agindo de forma pouco coerente e chegou a questionar isso, com o diretor:



“A falta de coerência faz parte do ser humano. Não somos uma coisa só e eu queria traçar uma curva muito arrumadinha para o personagem. Na verdade, a gente não sabe exatamente o que quer. Tudo é muito contraditório e eu agradeço o Saback por ter me convencido a não mudar o traçado do Ricardo”.


Serrado lembrou o velho ditado que prega: “o combinado não sai caro”. Sim, um casal pode estabelecer várias regras de conduta. Porém, ele lembrou que o "imponderável" pode sempre dar o ar da graça e alguém pode vir a se envolver. E quando isso acontece, as regras não valem muita coisa.


“Um amigo tentou, se apaixonou e isso deu problema”, contou Serrado. “Cada casal tem sua dinâmica. As pessoas têm que ser respeitadas como elas são”.


Confira uma cena do filme




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