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A cannabis vai ao teatro em Niterói

  • Foto do escritor: Sônia Apolinário
    Sônia Apolinário
  • 11 de jul.
  • 2 min de leitura

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Uma peça lúdico-científico-sensorial. Assim pode ser definida “Drop no Fantástico Mundo da Cannabis” que será apresentada na próxima quarta-feira, 16 de julho, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos.

 

Em cena, o ator Frederico Pantaleão (foto) dá corpo ao texto criado pelo médico Lucas Cury. Fora dos palcos, ambos têm contato próximo com a cannabis. Pantaleão representa algumas marcas medicinais enquanto Cury é prescritor da terapia com o uso da planta.

 

- A peça não é uma propaganda nem faz apologia à cannabis. Ao contrário. Se mostra benefícios, mostra também malefícios que podem ser causados no caso do uso recreativo, principalmente, entre os adolescentes – afirmou Pantaleão.


 

O texto navega por temas como saúde mental, neurodiversidade, afeto e memória, usando o sistema endocanabinoide como fio condutor. De acordo com o ator, tudo é feito de uma maneira  lúdica, recheada de metáforas, que busca atingir mais a emoção do que a razão do público – “uma jornada sensorial que explora os efeitos, mitos e realidades da cannabis”.

 

Cury faz coro. E deixa claro que a peça não é uma “palestra” sobre o uso medicinal da cannabis. Rever os estigmas relacionados com a planta, sim, faz parte dos planos. Bem como mostrar que a cannabis não é milagrosa. Segundo ele, o texto explora o impacto da planta no corpo, na mente e na sociedade.

 

Há sete anos, o médico, que é carioca, trabalha com a planta medicinal - cinco deles, em Niterói onde passou a infância. Com especialização em neurologia, ele iniciou a prescrição da planta em crianças autistas.

 

Para se fazer entender pelos pais, ele costumava recorrer à linguagem lúdica. Foi o que chamou a atenção de Pantaleão sobre a possibilidade da criação de uma peça sobre o tema.


- Não sou artista, sou médico e fiquei pisando em ovos com a proposta de escrever uma peça. Fiquei com medo de parecer um charlatão ou um aventureiro. Mas sempre usei a linguagem lúdica para as pessoas entenderem as questões relacionadas com a cannabis. Meu objetivo não é ter novos pacientes, mas passar sentimentos – explicou Cury.

 

Para ajudar a alcançar esse objetivo, o monólogo busca ativar todos os sentidos do público. Significa que vídeos, música (Mumu) e luzes também entram em cena para amplificar o trabalho corporal de Pantaleão, tudo sob direção de Ricardo Lyra.

 

Segundo Cury, o espetáculo é mais para ser sentido do que entendido. Sua expectativa é que o público saia do teatro “com alguma sensação”. Na sua opinião, trata-se de uma peça “densa e forte”.

 

Sobre o título, explica-se: drop significa “gota” em inglês, mas também “cair”. Diz Pantaleão:

 

- Não é uma peça sobre maconha ou pessoa doidona. As pessoas vão se surpreender. Queremos que as pessoas tenham memórias sobre a peça.

 

Serviço

Drop no Fantástico Mundo da Cannabis

Data: Quarta-feira, 16 de Julho

Horários: 20h

Classificação: 12 anos

Local: Sala Nelson Pereira dos Santos - Av. Visconde do Rio Branco 880, São Domingos.

Ingressos: R$ 60 (inteira)

Vendas na Bilheteria da Sala ou pelo site Fever

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