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  • Sônia Apolinário

Livro faz ranking das cervejas brasileiras premiadas

No Brasil, há três anos, 120 cervejarias, em 9 estados, ostentavam premiações em competições nacionais ou no exterior. Agora, 304 marcas, espalhadas por 15 estados, contribuem para aumentar o quadro de medalhas cervejeiras do país. Esse perfil do setor, foi possível ser traçado graças ao livro “1.000 Cervejas Premiadas Brasileiras”, que acaba de ser lançado pelo jornalista Altair Nobre, responsável pelo portal Beer Art.

Isso porque, em 2015, ele publicou “O Livro das Cervejas Premiadas Brasileiras”, que se tornou referência por conta da carência de informações sistematizadas do segmento. A atual publicação é uma versão ampliada da anterior.

No primeiro livro, 455 rótulos conquistaram medalhas em algum dos 14 principais concursos cervejeiros pesquisados pelo autor. Na nova edição, o número de rótulos vencedores subiu para 1.186 sendo que pouco mais de cem deles pertencem a grandes grupos cervejeiros.

“A publicação mostra um retrato do amadurecimento do mercado de cerveja, no país. Na época do primeiro livro, podemos dizer que o setor estava em fase de fermentação. Algumas marcas que aparecem agora nem existiam há três anos”, comenta Altair.

Tudo, então, são flores (de lúpulo) para as cervejarias brasileiras¿ Definitivamente, não. O autor observa que, apesar da qualidade do produto, muitas empresas passam por dificuldades por falta de gestão.

Na sua opinião, muitos cervejeiros brasileiros não têm o hábito de se preocupar em saber o que quer o consumidor. Isso por acreditar que “basta ter um produto ótimo que vai se manter no mercado”.

Além da “imaturidade de gestão”, segundo Altair, muitos sofrem, também, por ter uma “percepção amadora” em relação à sua forma de se comunicar.

“De uma maneira geral, os cervejeiros têm dificuldade de perceber o valor da comunicação. E no meio de tantos rótulos, tantas ofertas, o consumidor fica perdido. Não é no boca a boca que o cervejeiro vai se firmar porque essa forma de comunicação não alcança o mercado de escala”, observa.

Em comparação aos seus dois livros, Altair destaca a performance atual de duas cervejarias: Tupiniquim (RS) e Lohn Bier (SC), que teve o rótulo mais premiado do ano passado (Carvoeira). “Correndo por fora” e ganhando cada vez mais destaque, a Dádiva (SP). A se observar: Leuven (SP), “que está se reinventando” e DeBron Bier (PE), despontando no nordeste.

Rótulos da Ambev também fazem parte do ranking de medalhas do livro. A participação das “especiais” da gigante cervejeira em concursos é cada vez mais criticada pelos cervejeiros artesanais.

“Podem até barrar essas cervejas em concursos nacionais, mas existem os internacionais e elas participam e estão ganhando prêmios. Não há o que se fazer. Tem que estar atento para isso. O David vai ter que brigar com Golias”, afirma Altair que em julho comemora o quinto ano de criação do seu portal cervejeiro. “Tendo apoio do mercado a gente consegue fazer produtos que ajudam o próprio mercado. Porém, o setor ainda vê comunicação e marketing como despesa e não como investimento”.

O livro está disponível na Loja Beer Art, ponto de venda exclusivo.

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