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  • Sônia Apolinário

Dádiva lança cerveja de forma a estimular o debate sobre violência doméstica contra mulheres

O Dia Internacional da Mulher costuma ser aproveitado pela cervejaria Dádiva para lançar, não apenas uma cerveja, mas também para colocar um assunto na berlinda. Este ano, discussões sobre violência doméstica é o que a cervejaria espera provocar quando uma lata do rótulo Nosso Silêncio Deixa Marcas for aberta.

Para que o tema chegue na mesa junto com a cerveja, o rótulo terá seu nome coberto por uma fita. A ideia é provocar uma reflexão no consumidor a partir do momento que entrar em contato com o tema, quando a fita for removida. A Nosso Silêncio Deixa Marcas é uma NE IPA com triple dry hopping de Citra com 6,1% de teor alcoólico. Sensorialmente, é descrita pela pela marca como uma cerveja aveludada e com notas de frutas tropicais, principalmente de manga e maracujá.


"O nosso objetivo com a campanha é chamar as pessoas à responsabilidade e oferecer informação para que se discuta o assunto, além de apresentar canais de apoio às vítimas", explica Luiza Tolosa, sócia-fundadora da marca. “O desafio proposto com a campanha é: dialoguem, despertem sobre esse tema que não é só das mulheres. Coloquem de uma vez por todas esse assunto em pauta, joguem na roda, coloquem na mesa e metam a colher. Quebrem essa corrente e esse silêncio tão nocivos”.


Nas suas redes sociais, a cervejaria está abastecendo o público de informações sobre o tema da violência doméstica. E estimulando as pessoas a não ficarem indiferentes diante de uma situação de abuso.


Na opinião de Luiza, a denúncia é uma responsabilidade coletiva, e não da mulher agredida. Em muitos casos, essa denúncia deixa de ser feita porque o agressor é alguém muito próximo da vítima, inclusive familiares.


"O machismo age de forma muitas vezes silenciosa e naturalizada socialmente. O que torna qualquer tipo de violência contra a mulher, seja ela psicológica ou física, um problema comunitário, uma responsabilidade de quem se cala diante disso. Essa é uma luta que deve ser travada por todos", comenta Luiza que criou a Dádiva em 2014 e mantém no seu quadro de funcionários a mesma quantidade de mulheres e de homens, com mulheres exercendo funções tanto na parte de processos de produção, quanto nos cargos de gestão.


Como parte da campanha, algumas informações que a Dádiva está divulgando:


* Dados publicados em abril de 2020 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam crescimento da violência doméstica e familiar no Brasil, apontando que o número de feminicídios aumentou 46% em São Paulo, 67% no Acre e triplicou no Rio Grande do Norte. Esses dados levam em consideração o mês de março de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior.


* De acordo com a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

* Muitos casos de violência doméstica começam com a violência psicológica, controlando a vítima emocionalmente e isolando-a sutilmente.


* A violência moral acontece quando há calúnia, difamação ou injúria.


* Já a violência física ocorre quando a integridade ou saúde corporal da mulher são abaladas, como quando há espancamento, ferimentos, entre outras agressões.


* A violência sexual está ligada à obrigação da mulher de fazer atos sexuais, intimidando-a, ameaçando-a, utilizando a força.


* A violência patrimonial ocorre quando a vítima sofre retenção ou destruição dos seus objetos, documentos, bens ou recursos econômicos.


* Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo pelo fato de serem mulheres. "O dia é da mulher, mas a luta é de todos. Essa não é uma data marcada por celebração, mas por luta. É o símbolo de uma batalha que travamos todos os dias por direitos. Buscamos hoje, sim, equidade de gênero - questão que nos é tão urgente e necessária - mas algumas mulheres ainda batalham pela simples sobrevivência. E, o que é mais triste, dentro de suas próprias casas", observa Luiza.


Confira o Talk Chopp Live no Instagram com a cervejaria Dádiva, realizado em 2020




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