12 Beers: evento de Curitiba estreia no Rio em setembro
- Sônia Apolinário
- 7 de jul.
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de jul.

Beber 12 cervejas, em 12 bares diferentes, em 12 horas. Resumidamente, assim é o The Twelve Beers, evento cervejeiro que há 15 anos acontece em Curitiba (PR).
Depois da criação de edições em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), o Rio de Janeiro entrou para o circuito, com evento marcado para acontecer dia 6 de setembro.
Criador e organizador do Twelve Beers, Haroldo Rocha Almeida passou uma semana no Rio para escolher os bares participantes. Todos em Botafogo, bairro quer será cenário para a “baratona”. Já estão certos no circuito Brewteco, Hocus Pocus, Culto e Mad Brew.
- Tem bares muito legais em Botafogo – disse ele que há cerca de 20 anos não visitava o Rio de Janeiro e passou dias na cidade sob chuva e temperatura abaixo dos 20 graus.
Paulista de 54 anos, Haroldo mora em Curitiba desde os 13 anos. Ele contou para Lupulinário que demorou para trazer o evento para o Rio porque tinha preocupações relacionadas com a segurança da cidade. Afinal, o The Twelve Beers começa de manhã, termina à noite, tem uma festa no meio e todos os participantes caminham pelo bairro orientados por um mapa feito pela produção do evento.
Segundo Haroldo, em Curitiba, cada edição do 12 Beers reúne 800 pessoas. No Rio, serão colocados 500 ingressos à venda, a partir do próximo dia 17 de julho. Vai custar R$ R$ 397.
Na prática, o evento começa na sexta-feira, 5 de setembro, com a entrega do kit com direito a uma cerveja. No sábado, cada um dá a sua largada por onde quiser. Em cada bar é servida uma cerveja providenciada (ou escolhida) pela produção e só aquela pode ser consumida – quem quiser outra, pagará à parte.
Às 16h20 acontece a festa “Onde o inesperado acontece”, em um décimo terceiro bar, secreto - para encontrar é preciso decifrar um enigma que está no mapa. A festa tem duas horas de duração e os participante ganham duas cervejas extras. Depois da festa, a previsão é de encarar mais seis bares pela frente.
- A festa tem um efeito Nárnia porque as pessoas entram no local ainda de dia e sai à noite. O evento faz as pessoas explorarem um determinado bairro. E tudo muda do dia para a noite. Nem sempre o próprio morador tem uma experiência parecida. Esse evento é o contrário da maioria. Ao invés de juntar as pessoas em um lugar para beber cerveja, eu espalho as cervejas por diferentes locais. O The Twelve Beers é um passeio pela cidade – afirmou Haroldo.
Sim, filas são inevitáveis, mas, segundo o organizador, não muito demoradas. A dica é aproveitar para fazer amizades. Cumprido o circuito, é hora de ira para casa. No domingo ainda tem dois barris liberados para os “Heróis da Resistência”.
Haroldo contou ter se inspirado no filme “Heróis da Ressaca” para criar o evento. Basicamente, o que tirou de lá foi a ideia de beber as 12 cervejas em 12 bares em um tempo limitado.
- A maioria dos eventos cervejeiros caminham para esse formato “rock in rio” com muitas apresentações musicais e pouco encontro entre os cervejeiros. Um festival diferente, que é o ISO, por exemplo, é legal, mas é um evento geek. O Twelve busca oferecer boas cervejas, mas também diversão descontraída – disse Haroldo.
Após escolher os bares do circuito, ele parte para a curadoria das bebidas. Haroldo dá preferência para as cervejas locais, mas nada impede que um tap seja ocupado por uma marca de outro estado. Segundo ele, o público do evento é formado por pessoas que estão começando a se interessar por cerveja artesanal.
Para a escolha dos rótulos, ele busca espalhar pelos bares bebidas representantes de todas as escolas cervejeiras. Pilsen, porém, não entra. Vale tanto teor alcoólico alto quanto uma Sour.
A ideia é fazer a pessoa experimentar um estilo com o qual não está muito acostumada – vai que gosta.
Ex-agrônomo e dono de agência digital, Haroldo foi “fisgado” pelas cervejas artesanais após experimentar uma weissbier. Curiosidade aguçada, mergulhou nos aromas e sabores da bebida e decidiu que queria trabalhar, de alguma forma, com cerveja.
- A régua é alta em Curitiba. Decidi que queria fazer parte desse ambiente, mas não queria fazer cerveja. O cervejeiro cria seu castelo, seu reino, e não consegue sair dele. Rola muita picuinha, problemas de ego. Meu espírito é mais livre. Quero ir de reino em reino e não ficar preso em um só – afirmou.
Ingressos
Para comprar o ingresso, é preciso entrar para um grupo de espera. Será por lá que o interessado receberá, por ordem de chegada, o link para efetivar a compra.
O acesso ao grupo será liberado às 11h do dia 17 de julho.
Clique para entrar no grupo, aqui
Para ver o trailer de "Heróis da Ressaca", clique aqui
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