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  • Sônia Apolinário

Vila Ipiranga, no Fonseca, recebe o primeiro Banco Comunitário de Niterói

A Prefeitura de Niterói inaugurou nesta terça-feira (22), o projeto piloto do Banco Comunitário Arariboia, em Niterói. A primeira agência fica na Vila Ipiranga e é coordenada pela equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES). O objetivo é organizar e cadastrar pequenos produtores, empreendimentos de economia solidária e comerciantes de dentro da própria comunidade para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante, aquecendo e movimentando a economia na comunidade. O projeto prevê a instalação de mais sete agências em todas as áreas da cidade.

O prefeito Axel Grael destacou a importância da economia solidária para a recuperação da cidade no período pós pandemia.

“A economia solidária está no primeiro escalão das políticas públicas de Niterói. A proposta dos bancos comunitários e da Moeda Social Arariboia é promover uma melhor distribuição de renda na nossa cidade, melhorando a vida de quem está nas comunidades. Fazer programas de transferência de renda é algo importante, mas isso precisa ser feito de forma qualificada, gerando oportunidades para todos e integrando a cidade”, explicou Grael.

O secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Vilde Dorian, ressaltou o avanço na política de combate às desigualdades na cidade.

“A implantação do Banco Comunitário Arariboia, na Vila Ipiranga, representa mais um avanço da nossa cidade, tanto no desenvolvimento e aplicação da Política Municipal de Economia Solidária, sancionada no ano passado, como na preocupação que nosso prefeito e o governo de Niterói têm com o desenvolvimento econômico aliado ao combate às desigualdades sociais, sobretudo nesse momento de crise sanitária e aprofundamento da pobreza em nosso país”, disse o secretário.

De acordo com a secretária municipal de Fazenda, Marilia Ortiz, a implementação da Moeda Social Arariboia vai beneficiar aproximadamente 30 mil famílias e ajudar a desenvolver pequenos negócios nas comunidades.

O coordenador de Economia Solidária em Niterói, Maicon Carlos, informou que a ideia é que a agência na Vila Ipiranga seja o piloto para expansão da Moeda Arariboia. Os bancos serão, também, espaços de formação, capacitação, orientação e fomento. Ele ressaltou que qualquer pessoa pode ir ao Banco Comunitário e abrir sua conta digital para utilizar no comércio cadastrado.


Além da criação do Banco Comunitário, o projeto da Moeda Social Arariboia prevê contemplar as famílias em situação de maior vulnerabilidade, cadastradas no CadÚnico, para receber o benefício da moeda social (em forma de cartão) para ser usado nos comércios locais cadastrados, sejam eles padaria, pequenos mercados, hortifrutis, pequenos produtores e outros. Dessa forma, faz a economia girar dentro da própria comunidade e também dentro da cidade. O benefício pode chegar ao valor de R$ 540 para famílias de até seis membros (valor de R$ 90 por pessoa), porém apenas um membro da família poderá receber.



Com a criação da Moeda Social Arariboia, além do projeto de mitigação dos efeitos econômicos, ainda se espera uma ampliação do cadastro formal de empreendimentos comerciais e a diminuição das desigualdades regionais. Além disso, o projeto prevê a criação de um fundo que vai gerar e operar a moeda social. A Prefeitura de Niterói estima um investimento mensal de R$ 5,6 milhões no programa.

A Vila Ipiranga fica no bairro Fonseca. É a comunidade mais populosa de Niterói com mais de 15 mil habitantes. Uma das lideranças comunitárias do local, Tyna Marins, participou do evento de inauguração do banco e abriu sua conta. Ela, que acaba de se formar como maquiadora, declarou acreditar que o programa vai ser importante para o seu crescimento profissional.

“É muito bom ver investimentos em políticas públicas para melhorar a vida de quem mora nas comunidades. A moeda social vai permitir que eu possa ter o meu negócio e também movimentar a economia do local onde moro”, disse ela que, em maio passado, criou a página do Facebook Vila Ipiranga está Desmoronando, para alertar sobre as várias áreas de risco existentes na comunidade.

Banco Arariboia



O Banco Comunitário Arariboia é administrado pelo Instituto E-dinheiro, conforme termo de colaboração publicado em 18 de setembro de 2020, no Diário Oficial do Município. O E-dinheiro é uma Organização da sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que funciona como uma fintech, trazendo soluções financeiras e bancárias. É a entidade gestora do Banco Palmas, o primeiro banco comunitário criado no país, em Fortaleza (CE), em 1998. Atualmente, é o gestor de uma rede formada por 48 bancos comunitários digitais associados, em 17 estados do Brasil.


O objetivo da fintech é proporcionar o desenvolvimento econômico e social de bairros e municípios, capacitando, formando e implantando instrumentos de Finanças Sociais, Economia Criativa, Economia Solidária e do desenvolvimento sustentável, facilitando o processo de geração e distribuição de trabalho, ocupação e renda, tendo como estratégia o desenvolvimento local.

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