Rio de Janeiro no centro do mundo. E cariocas com feriadão

Nos próximos dias 6 (domingo) e 7, será realizada a Cúpula dos Brics de 2025, no Rio de Janeiro. O Museu de Arte Moderna (MAM) será a sede do evento que reunirá chefes de Estado dos 20 países que compõem o grupo,

O Brasil assumiu a presidência rotativa do bloco em 1º de janeiro de 2025. Os membros do BRICS incluem Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. E, na qualidade de países parceiros, ainda conta com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão, Nigéria e Vietnã.

Por conta do evento, a prefeitura do Rio e o governo do estado decretaram feriado municipal no dia 7 de julho (segunda-feira) e ponto facultativo nas repartições públicas no dia 4 de julho (sexta-feira).

O Brics

Criado em 2001 por um economista do banco Goldman Sachs, o termo BRIC surgiu para destacar o peso crescente de quatro grandes economias emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China.

O grupo, que começou como uma ideia econômica, ganhou corpo político com a iniciativa dos próprios governos. O objetivo era articular posições comuns diante dos grandes temas da agenda internacional e buscar uma ordem global mais equilibrada, representativa e legítima

A primeira reunião formal aconteceu em 2006, em Nova Iorque, com os ministros das Relações Exteriores, à margem da Assembleia-Geral da ONU. Três anos depois, em 2009, os chefes de Estado se encontraram pela primeira vez em uma cúpula realizada em Ecaterimburgo, na Rússia.

A crise financeira global de 2008 impulsionou a atuação conjunta do grupo, que passou a se posicionar em fóruns como o G20, o FMI e o Banco Mundial, defendendo reformas que dessem mais voz aos países em desenvolvimento na governança econômica internacional.

Em 2011, a entrada da África do Sul ampliou o bloco, que passou a se chamar BRICS, com “S” de South Africa. Já em 2023, durante a Cúpula de Joanesburgo, foi anunciada a segunda expansão, com a entrada de mais seis países.

Hoje, o BRICS funciona como um mecanismo informal de coordenação política e econômica, com presidência rotativa entre os membros. As ações do grupo se organizam em torno de três eixos principais: política e segurança; economia e finanças; e cooperação entre sociedades civis.

Em Niterói

Em Niterói, será realizado na sexta-feira (4), o BRICS Press Meeting. O evento, no Solar do Jambeiro, vai reunir jornalistas dos países integrantes do bloco. Na programação análises geopolíticas e debates sobre as mudanças em curso no panorama das relações internacionais. 

As atividades serão destinadas a jornalistas credenciados, mas o público poderá assistir à transmissão ao vivo através do canal do Toda Palavra no YouTube https://www.youtube.com/@todapalavra; da TV Comunitária de Brasília https://www.youtube.com/@tvcomdfdemocraciainformativa e do portal de notícias Brasil 247 https://www.youtube.com/@brasil247.  

Programação

10h – Abertura

10h15 – Palestra: A cultura dos BRICS – Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras.

11h – Palestra de Fernando Horta (pesquisador brasileiro com formação acadêmica na área de História e Relações Internacionais) – “Geopolítica dos saberes”, a dependência sistêmica no mundo e como isso afeta política e economicamente os países BRICS.

11h40 – Palestra de Beatriz Bissio (jornalista, historiadora e cientista política - UFRJ).

12h20 – Desafios da construção do mundo multipolar – Mesa-redonda com a participação de pesquisadores do Núcleo de Estudos BRICS da Universidade Federal Fluminense (NuBRICS/UFF).

14h – Mesa 1: Imprensa independente, mídia regional/comunitária e jornalistas independentes.  

15h – Mesa 2: Desenvolvimento de redes de comunicação independentes para o Sul Global.

16h30 – Desafios e conquistas do mundo multipolar – Conferência do jornalista brasileiro Pepe Escobar.