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  • Sônia Apolinário

Bloco de carnaval carioca Desliga da Justiça lança marca própria de cerveja artesanal

Um bloco do Rio de Janeiro criou sua própria marca de cerveja artesanal. Era para ser um presente para os integrantes, mas foi colocada à venda para ajudar a pagar as contas do Carnaval deste ano. A Desliga German Lager fez tanto sucesso que o Desliga da Justiça, agora, quer levar a brincadeira mais a sério.

Presidente do bloco, Leandro Monteiro conta que a ideia surgiu como quem não quer nada, em meio a várias outras, para ajudar a levantar fundos para o Carnaval 2020. Ele admite que o grupo é formado por muitos “beberrões” de cerveja mainstream, mas também muitos apreciadores das artesanais.

Uma das ritmistas do bloco, inclusive, não só entende do assunto, como tem um bar e foi a ela que o grupo recorreu para tirar dúvidas. Marcela Freitas, uma das sócias do taproon da mineira Verace, no Rio de Janeiro, não apenas esclareceu as questões como incentivou o grupo a levar a ideia à diante e indicou a cervejaria Trupe, de Engenheiro Paulo de Frontin (RJ), para a produção. E assim foi feito.

“Fizemos várias degustações até chegar na cerveja que queríamos. Foram degustações de leigo, bem entendido. Decidimos por algo leve, que pudesse agradar o maior número de pessoas. Acho que se fosse uma IPA, por exemplo, muita gente não iria gostar”, comenta Leandro.

Segundo ele, foram seis meses de idas e vindas à cervejaria para a Desliga “nascer”. Aliás, a escolha do nome foi outro “parto”. Parece óbvio? Mas não foi unanimidade, de cara.

O bloco encomendou 156 packs, cada um com seis latas de 355 ml da Desliga (4,8% ABV). Cada pack está sendo vendido a R$ 50. No rótulo, criado pelo grupo, consta que se trata de uma edição especial, “lançamento para o Carnaval 2020”. Vender no desfile não foi possível por conta do patrocínio de uma outra cervejaria que o grupo obteve.

A ideia inicial era que a lata fizesse parte do “Kit Batuqueiro”, junto com a camisa e botton do bloco. Resolveram, porém, vender a Desliga em alguns ensaios, em janeiro, para arrecadar fundos para o desfile (parado) que aconteceu no último dia 8, no Jardim Botânico. Este ano foi o 11 º Carnaval do Desliga da Justiça que atrai foliões com fantasias alusivas a super-heróis. Foi o primeiro fora do seu lugar habitual, a Praça Santos Dumont, por uma decisão da Prefeitura. O novo local deu um nó no trânsito da região. O bloco atrai cerca de 12 mil pessoas.

“Não tivemos tempo de divulgar, organizar as vendas. Mas a galera gostou. Estão nos procurando para comprar a cerveja. Vamos parar agora para desenvolver essa ideia melhor. Vimos que a brincadeira pode, mesmo, dar samba. Podemos nos organizar e vender a nossa cerveja ao longo do ano. É uma ideia”, afirma.

Até o final do Carnaval, o Desliga da Justiça faz duas apresentações no Rio: no Museu de Arte Moderna, dia 22 de fevereiro, na festa “Balacobaco”, e no dia 24, no Jockey Club Brasileiro, vizinho do local onde foi o desfile, no evento "Minha Vida é Bloco". Em nenhuma dos duas será possível vender a Desliga. Quem quiser experimentar terá que entrar em contato direto com o grupo, pela página do Facebook do bloco.

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