Sônia Apolinário
- 29 de out. de 2019

Temática indígena e LGBTQ+, além de protagonismo feminino são os principais temas das produções do C

Com 177 títulos na programação, começa amanhã (quarta-feira, 30) o Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro, no Estação Net Botafogo. Vencedores das competições Nacional e Internacional do evento são qualificados para concorrer a uma indicação ao Oscar e ao British Academy Film Awards (Bafta) na categoria.

Produções de 35 países e 13 estados brasileiros participam do festival. Entre os filmes selecionados para a Competição Nacional, destaque para três estreias: “A Volta para Casa”, “Tuã Ingügu” e “Auto-Falo”.

O primeiro é do paulista Diego Freitas. O ator Lima Duarte interpreta o personagem principal, um marceneiro que espera a família visitá-lo em, um asilo durante a Páscoa. Porém, como ninguém aparece, um funcionário decide levá-lo até seus parentes.

“Tuã Ingügu” é o novo curta de Daniela Thomas, diretora de longas como “Vazante” (2017), “Linha de Passe” (2008) e “Terra Estrangeira” (1995). O curta, cujo nome significa Olhos D’Água, foi filmado nas aldeias Caramujo Kalapalo e Paraíso Kalapalo, no Parque Indígena do Xingu. Mostra o cacique Faremá Kalapalo narrando o nascimento da água e as consequências ao desrespeitá-la.

O pernambucano “Auto-Falo” é sobre a relação apaixonada que Nivaldo, o protagonista, tem com seu carro, e com as pessoas a seu redor.

“Este ano, recebemos muitos filmes com temática indígena e protagonismo feminino, além de roteiros com histórias LGBTQ+”, comenta Ailton Franco, diretor e curador do Curta Cinema.

Na Competição Internacional, destaque para o romeno “ULTIMUL DRUM SPRE MARE”, de Aidi Voicu, selecionado para a Semana da Crítica de Cannes; o argentino “Monstruo Díos”, de Agustina San Martín, menção honrosa em Cannes e a ficção-científica experimental queer “Club Esplêndida”, do alemão Caio Amado Soares, que virá ao país para o Festival, que vai até o dia 6 de novembro.