Sônia Apolinário
- 16 de out. de 2019

Espetáculo infantil mistura teatro e dança ao som de música clássica tocada ao vivo

Teatro, dança, expressão corporal e quadrinhos. Tudo isso está em “Gibi”, espetáculo de dança voltado para o público infantil, mas que tem tudo para agradar também os adultos. A apresentação da companhia Lamira Artes Cênicas, de Tocantins, será de quinta-feira (17) a domingo, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, no Centro.

“Gibi” narra as aventuras de cinco palhaços adormecidos que descobrem no Mundo das Histórias em Quadrinhos a magia e o mote para as suas diversões. Ao som de Pachelbel, Bach, Beethoven, Bizet, Saint-Saëns, Mozart e Rossini, essa pequena trupe manuseia gibis, atua, dança e realiza performances circenses num cenário que remete às páginas das revistas em quadrinhos. Os palhaços dançarinos ainda complementam a trilha sonora erudita com instrumentos tocados ao vivo.

“É interessante perceber, principalmente a partir da linguagem do palhaço, como a criança e o adulto se sentem parte do espetáculo. A cena, aliás, muitas vezes sai do palco para encantar as pessoas diretamente na plateia. E tudo isso, sem nenhum diálogo. No palco, os palhaços usam apenas onomatopeias e expressão corporal”, comenta o diretor artístico da companhia, João Vicente.

No sábado, ele ministra a oficina gratuita “A fisicalidade como interseção entre teatro e dança”. Numa só atividade, o diretor, que é licenciado em teatro, oferecerá vivências nas áreas da dança e do teatro, demonstrando como as duas linguagens interagem.

A Lamira é um grupo de artes cênicas de Palmas (TO). Criada em 2010, a companhia busca o ponto de interseção entre as linguagens da dança, do teatro e da arte circense. Suas produções partem da interação entre coreógrafos, diretores e pesquisadores das mais diversas áreas.

A bilheteria da temporada carioca será revertida para o projeto Dançando para não dançar, que atende crianças de 13 comunidades da cidade. Nos últimos anos, o projeto integrou várias delas à Escola de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Dez desses alunos foram encaminhados para especialização em companhias e escolas de dança no Brasil e no exterior.

Serviço