Série de ação 'Aruanas' estreia em 150 países com história inspirada em crimes ambientais re
À frente de uma ONG ambiental, ativistas investigam o trabalho de uma mineradora que atua na Amazônia, onde estranhos fatos ocorrem: pedidos de socorro anônimos, pessoas adoecendo de forma misteriosa, assassinatos e ameaças aos povos indígenas. Essa é a trama principal de "Aruanas", série brasileira em dez capítulos, que estreia amanhã (terça-feira, 2) em 150 países. Uma coprodução entre Rede Globo e Maria Farinha Filmes, será disponibilizada na íntegra no Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo. Na quarta-feira, dia 3, o primeiro episódio será exibido pelo canal aberto da emissora, após ‘Cine Holliúdy’ (22h30). Debora Falabella, Leandra Leal, Taís Araújo (na foto, da esquerda para a direita) e Thainá Duarte (sentada) estão à frente dessa essa versão ambiental de “As Panteras”, seriado de ação protagonizado por mulheres, sucesso na década de 70. Camila Pitanga é a lobista Olga, vilã dessa história de suspense, inspirada em fatos reais.
A trama se passa na fictícia Cari, cidade do interior do Amazonas. Luiza (Leandra Leal), Natalie (Debora Falabella) e Verônica (Taís Araújo) são as amigas fundadoras da ONG Aruanas - palavra de origem tupi que significa “sentinelas da natureza”. Junto com a estagiária Clara (Thainá Duarte), começam a investigar uma denúncia anônima. Se deparam com uma série de evidências que levam a um grande esquema de crimes ambientais envolvendo garimpos ilegais e uma renomada mineradora nacional. Ao mesmo tempo em que desvendam uma perigosa teia de crimes e segredos, elas precisam lidar com seus próprios dramas pessoais que incluem relacionamento abusivo, adultério, traição e a briga judicial pela guarda de um filho.
Escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, com a colaboração de Pedro Barros, a série tem direção artística de Carlos Manga Jr. e direção geral também de Estela. Contou com parceria técnica do Greenpeace e o apoio de algumas das mais importantes organizações sociais de direitos humanos e ambientais do mundo, como Anistia Internacional, WWF, Global Witness, Rainforest Foundation e Avaaz, em um total de 28 ONGs, em todo o mundo.
“Todas nós devemos ser uma Aruana, sentinelas de nossas florestas. A série mostra a força e a determinação de mulheres e a necessidade de que todos se envolvam com sustentabilidade – que vivam uma vida com dignidade baseada em generosidade com o outro e com outras espécies de nosso planeta”, afirmou a presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), María Fernanda Espinosa Garcés, durante o lançamento da atração, mês passado, em Nova York (EUA).
No mesmo evento, a atriz Taís Araújo comentou que a participação na série a fez se sentir “mais corajosa, mais forte e mais segura” para convidar “o mundo” a se juntar às personagens “nessa aventura de manter a floresta e sua biodiversidade vivas para as gerações que virão”.
De acordo com Estela Renner, a série quer mostrar a importância dos defensores do meio ambiente, “pessoas comuns que arriscam suas vidas em defesa de justiça, igualdade e de um mundo mais sustentável para a sociedade e para as gerações futuras”.
Co-fundadora da Maria Farinha Filmes, ela cita um dado: há três anos, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de países que mais matam ativistas – só em 2017, foram 57 mortos, 80% deles de defensores da natureza. Nesse quadro, o principal ícone, no país, é Chico Mendes, que lutou a favor dos seringueiros da Bacia Amazônica, sendo assassinado em Xapuri, no Acre, em 1988. O mandante do crime foi o fazendeiro Darly Alves cujo filho Darcy Alves Ferreira foi o responsável pelo disparo de escopeta que atingiu o peito do líder ambientalista. O assassino cumpriu parte da pena de prisão de 19 anos em regime semi-aberto e o mandante, em prisão domiciliar.
“Aruanas” será exibida em mais de 150 países, com legendas em 11 idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, holandês, russo, árabe, hindi, turco e coreano. A série estará disponível em aruanas.tv, um ambiente do Vimeo, onde poderá ser comprada por US$ 12,90. De julho a outubro, 50% das vendas serão doadas para uma iniciativa de proteção da floresta amazônica. O beneficiado ainda não foi informado.
“A série é um convite a sonhar com um futuro mais justo e sustentável. É o entretenimento em função de uma causa urgente e importante em todo o mundo, levantando um diálogo global sobre a preservação das florestas e o trabalho dos defensores ambientais. A série fala de esperança. Porque o medo paralisa, mas a esperança engaja”, afirmou Estela.
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