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  • Sônia Apolinário

Aplicativo ajuda a formar rede de proteção para mulheres

No Dia Internacional da Mulher, a ONG AzMina lança o PenhaS, um aplicativo de empoderamento da mulher que reúne, em uma mesma plataforma, o compartilhamento de informações, o diálogo em ambiente seguro e a participação da sociedade por meio da criação de um grupo de proteção.

O processo de desenvolvimento do aplicativo começou há cerca de dois anos. Teve como mentores especialistas como a promotora de Justiça Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (GEVID) do Ministério Público de São Paulo. Além disso, mulheres de diferentes idades e classes sociais foram ouvidas durante todo o processo de elaboração do projeto.

O PenhaS, nome em referência à Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, é formado por três áreas:

O EmpoderaPenha é o espaço de conhecimento. Além de informações básicas sobre direitos das mulheres, apresenta o mapa das delegacias da mulher de todo o Brasil (produzido em reportagem especial da Revista AzMina) e dos diferentes serviços de atendimento à mulher em situação de violência (compartilhado pela plataforma Mapa do Acolhimento), possibilitando traçar a rota até o local. Traz também um feed de notícias sobre violência contra a mulher, com a colaboração de agências de comunicação, como o Huffpost, JOTA, Agência Patrícia Galvão e Gênero e Número.

O DefendePenha é o chat secreto. Conversar é uma das formas mais poderosas de ajudar uma mulher a sair de uma situação de violência e, neste espaço, ela pode se conectar com outras mulheres, trocar informações sobre sua história e reunir forças para buscar saídas. Aqui as mulheres em perigo permanecem anônimas.

O GritaPenha é o ambiente para o pedido de ajuda urgente. As mulheres cadastram o número de até cinco pessoas de sua confiança, que serão acionadas por SMS quando for necessário. No momento exato da violência, também será possível ativar uma gravação de áudio que captará o som ambiente, criando a oportunidade de a vítima produzir provas.

“O combate à violência contra mulher não é somente caso de polícia, mas dever de todos. Informação e formação de redes de proteção podem ajudar mulheres a saírem de relacionamentos abusivos e incentivá-las a procurar ajuda" explica Carolina Oms, co-fundadora d'AzMina.

Todos os cadastros são realizados com checagem de CPF e verificação de número de celular para que não exista possibilidade da criação de perfis falsos e abusivos. Mulheres que estão sofrendo violência usam o aplicativo de maneira anônima. E a entrada é por meio de senhas com sistema de criptografia. O aplicativo também possui dispositivo de segurança para evitar que um abusador acesse o conteúdo.

“O enfrentamento da violência contra a mulher não se restringe apenas à questão do combate, mas compreende também as dimensões de prevenção, da assistência e da garantia de direitos das mulheres e o PenhaS se destaca por conseguir reunir todas essas frentes”, afirma a promotora de Justiça Silvia Chakian.

O aplicativo está disponível, gratuitamente nas versões Andoid e iOS. Você pode baixar agora

Sobre AzMina: é uma instituição sem fins lucrativos cujo objetivo é usar a informação para combater os diversos tipos de violência que atingem mulheres brasileiras. Realiza campanhas, consultorias, palestras e debates para aprofundar a discussão sobre os direitos da mulher. É responsável pela produção da Revista AzMina, publicação online e gratuita.

Fonte: S1 – Hub de Comunicação

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